Por Valter Nogueira
O projeto de reeleição do governador João Azevedo começa a sofrer baixas, realidade que, de certa forma, já era esperada. O que ontem era especulação, hoje é fato. Falo do discreto desembarque do “Clã Feliciano” do governo João Azevêdo.
Em paralelo, a executiva estadual do MDB anunciou reunião para a próxima semana. Na pauta, deliberar sobre a possibilidade de lançar o senador Veneziano Vital do Rêgo como pré-candidato ao Governo do Estado nas eleições do próximo ano.
A preço de hoje, a pergunta é a seguinte: Lígia e Veneziano são cartas fora do baralho do projeto governista?
Mesmo com o distanciamento e ante o anúncio da reunião do MDB, é possível ainda, politicamente falando, que o governo reconquiste o grupo liderado pelo senador Veneziano Vital. Afinal, Azevêdo declarou que o imbróglio entre ele e o senador será resolvido brevemente.
– E Lígia? Eis a questão!
Clã Feliciano
Gustavo Feliciano (PDT) entregou o cargo de secretário de Estada nesta sexta-feira (10), é fato!
Por meio de suas redes sociais, a vice-governadora Lígia Feliciano (mãe de Gustavo) foi a primeira a anunciar a decisão do filho. Na justificativa, afirma que Gustavo deseja disputar uma vaga na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nas eleições de 2022.
De acordo com Lígia, a saída de Gustavo ocorre, também, para que ele fique “inteiramente à vontade na análise do cenário político, social e econômico que a Paraíba atravessa”. Mais do que isso, ela descartou rompimento.
Controvérsia
Ocorre que Lígia Feliciano é cogitada para encabeçar uma chapa ao governo do Estado por segmentos de centro-esquerda. Estes fazem oposição ao governador João Azevêdo, com figuras como o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), e o ex-governador Ricardo Coutinho, que retornou aos quadros do PT.
A propósito, a pré-candidatura de Lígia chegou a ser confirmada pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
Novo tom
Em entrevista concedida à Arapuan FM logo após deixar o governo, Gustavo Feliciano evitou declarar apoio à reeleição de Azevêdo. Ele se limitou a dizer que faz parte de um partido e que sua decisão pessoal tem que passar pelas instância partidárias.
Quando janeiro chegar
O governador João Azevêdo tem avisado que irá cobrar manifestações públicas de apoio a todos os aliados, em janeiro.
Então, é possível que novos desfalques ocorram até o final deste ano.