Um novo caso de paciente contaminado com a variante Ômicron foi confirmado pelo Ministério da Saúde na noite da terça-feira (14). Agora, são 12 o número total de casos confirmados no Brasil. Outros quatro casos estão em investigação em Minas Gerais.
Dos casos confirmados, são seis em São Paulo, dois no Distrito Federal, dois no Rio Grande do Sul, dois em Goiás. Não há registro de quadros graves entre eles.
A Ômicron tem gerado temores de que a grande quantidade de mutações na proteína spike do coronavírus, usada pelo vírus para infectar as células, possa significar que a variante escape da imunidade induzida por vacinas.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) 77 países já relataram casos de Ômicron.
Na última segunda-feira (13), o Reino Unido confirmou a primeira morte causada pela variante. O primeiro-ministro britânico Boris Johnson fez um alerta contra a crença de que a nova cepa é menos mortal que as anteriores e fez um apelo a favor da vacinação.
Ômicron e vacinas: o que se sabe até agora
Fabricantes de imunizantes afirmam que, embora seja possível que as vacinas existentes sejam menos eficazes contra a Ômicron, é provável que protejam os infectados pela nova variante contra quadros graves da Covid-19.
Os estudos, ainda preliminares, mostram que a nova cepa pode escapar parcialmente de uma primeira barreira de proteção oferecida pelos imunizantes. E sugerem um caminho: doses de reforço.
Considerada uma variante de preocupação pela OMS, a Ômicron foi identificada na África do Sul em 24 de novembro. O temor tem relação não só com o número de mutações, mas com a localização dessas variações dentro do vírus. Das 50 alterações genéticas na cepa, 32 estão na proteína spike, aquela que permite a entrada do vírus nas células humanas.
Grande parte das vacinas usa a proteína spike para induzir a resposta imune – por isso, alterações nessa parte do vírus preocupam tanto.
As primeiras pesquisas para testar o impacto da variante na proteção das vacinas ainda são preliminares, não foram revisadas por outros cientistas e coletaram poucos dados. Esses estudos são realizados em laboratório: cientistas analisam a interação entre amostras de sangue de vacinados (com anticorpos) e a nova variante. As primeiras conclusões são de que há queda na capacidade da vacina de produzir anticorpos que neutralizam a Ômicron – o que os cientistas já esperavam.
Fonte: R7