Por Valter Nogueira
Até pouco tempo, o projeto de reeleição do governador João Azevêdo fluía como um avião em céu de brigadeiro. Hoje, Azevêdo se depara com duas pré-candidaturas lançadas em evento público: Pedro Cunha Lima (PSDB) e Nilvan Ferreira (PTB).
Pedro entrou de sola, por assim dizer! Instigou o chefe do executivo com um discurso inflamado, cobrando transparência pública, citando a Operação Calvário e, por fim, defendendo a transformação da Granja Santana em um parque público.
A fala do tucano forçou João Azevêdo a dar explicações.
Nilvan também centra fogo no governo. Disse que a aliança entre ele e o deputado Wallber Virgolino (Patriota) é uma forma de colocar uma opção para a direita conservadora, como oposição à candidatura de João Azevêdo.
– Governo é pra sofrer! Já dizia Mocidade, figura icônica da Capital nos anos 1960.
Fogo amigo
João Azevêdo enfrenta, também, o denominado “fogo amigo”, em decorrência de insatisfações. Pode, inclusive, perder aliados por ocasião da formação da chapa majoritária.
Dois casos sinalizam insatisfação: o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, se queixa do trato político do governo; o deputado Ricardo Barbosa disse que estará com um pé fora, caso Efraim Filho não seja escolhido para compor a chapa majoritária governista.
Conselho
Em recente artigo, publicado em suas redes sociais, o jornalista e articulista Wellington Farias recomenda prudência ao governador Azevêdo. Lembra que ele deve se conscientizar de que é um noviço na política, podendo cair em eventuais armadilhas de “cobras criadas”.
De acordo com Farias, uma das armadilhas mais recorrentes é justamente “opiniões e conselhos” que inflam o ego do governante de plantão.
Farias, com sua caneta brilhante, observa que havia uma frenética comemoração antecipada de uma vitória faltando ainda quase um ano para as eleições.
Porém, destaca que, em uma semana, esse clima ilusório de favoritismo esmaeceu com apenas algumas mexidas no tabuleiro da política paraibana.
Última
É inegável que assessores de plantão, os ditos fisiologistas, concordam com tudo o que o gestor diz, ou projeta – temem contrariar o chefe. Isso, realmente, é nocivo. Assessor é pra orientar e, quando necessário, apontar os erros.
Cuidado com o mau conselheiro!