Por Valter Nogueira
O deputado estadual Tião Gomes tem razão quando diz que a corda “está muito esticada”, ao cobrar celeridade do governador João Azevêdo quanto à formação da chapa majoritária. A falta de decisão afeta candidaturas periféricas, daí a preocupação do parlamentar.
A declaração de Tião foi feita ano passado, na Assembleia Legislativa, mas continua atual. Assim como Tião, dezenas de candidatos a deputado estadual e a federal precisam saber da escalação do time majoritário para montarem suas estratégias de campanha, com destaque para as dobradinhas.
Mas, é claro que esse é o pensamento dos que estão do lado de cá do balcão. Do lado de dentro está o chefe do executivo estadual a conduzir o seu projeto de reeleição.
No tocante a definições, tem um ditado popular que diz: quem tem prazo não tem pressa!
Trocando em miúdos, é possível afirmar que a definição da chapa só sairá na undécima hora – no que pese o desespero de muitos.
Todavia, mais cedo ou mais tarde João Azevêdo terá que anunciar o time, por assim dizer. Ao formatar a chapa, o governador irá inevitavelmente agradar uns e desapontar outros.
Nesse diapasão, a liturgia política recomenda deixar tudo para a última hora, como forma de ganhar tempo, ao tempo de deixar pouco tempo para os descontentes.
Senado
Os deputados federais Aguinaldo Ribeiro e Efraim Filho disputam a preferência de Azevêdo para figurar na chapa majoritária, na condição de candidato a senador. A escolha será como fazer omelete; João terá que quebrar ovos.
Em seguida, a definição do (a) vice-governador (a) será outro problema inevitável. A questão é que o guarda-chuva do governo abriga muita gente de peso; João terá que administrar vaidades.
– Quem não quer ser o vice de um governador-candidato que, se reeleito, terá apenas mais quatro anos?
Fim
Aos aspirantes à vaga de vice, há um recado advindo da sabedoria popular, qual seja: uma coisa é você ser convidado, outra coisa é se oferecer!