Por Kelyanne Carvalho
Não é nenhuma novidade que para evitar e combater a infecção por covid-19 existem os cuidados básicos como o uso de máscara e de álcool, não aglomerar e, principalmente, a vacina. Porém, diante de um novo pico da pandemia, agregado ao aumento de casos de gripe, dificilmente se sai ileso dessas duas doenças. É importante então mudar alguns hábitos para fortalecer o organismo e diminuir os males causados à saúde.
Especialistas lembram que não há nenhuma receita milagrosa, seja ela de comida, bebida ou remédios para blindar uma pessoa contra a covid ou a gripe. Atualmente, a vacina é a “arma mais poderosa”, mas, ainda assim, ela pode não evitar a entrada do vírus, no entanto, a doença provavelmente não se tornará tão grave para o corpo, diminuindo o risco de morte ou necessidade de internação.
Mas se a verdade é que nada pode garantir a proteção total contra esses vírus, qual seria a solução?! Aderir a uma alternativa paliativa, ou seja: a hábitos que ajudam a equilibrar a imunidade e assim manter o organismo mais saudável para enfrentar essas e outras doenças.
Primeiramente, o infectologista Fernando Chagas chama a atenção para o conceito errado criado sobre a imunidade. “Ficou culturalmente marcado nas pessoas que existem estratégias ou medicações que aumentem a imunidade. Mas, ela não é algo que se cresce, aumenta ou se fortalece. A imunidade enfraquece. O normal é ela se manter com as defesas equilibradas, respondendo bem às agressões. E para isso se tem que evitar o que a desregula”, afirma.
O médico explica que a imunidade não é algo que fortaleça e sim que prejudique. “Essa fragilidade é causada pelo descontrole fisiológico ou mental. Na verdade, o que piora a imunidade são os excessos, seja na alimentação, no estresse, etc.”.
Diante dessa realidade, a resposta está realmente na mudança de hábitos. E foi o que aconteceu com Teresa Cristina. “Eu dormia demais e mesmo assim vivia cansada, desanimada, com dores no corpo e gripando direto. Passei a fazer caminhada, regular meu sono e me alimentar melhor. Hoje sou mais disposta e adoeço menos”, relata.
O clínico geral e pneumologista Alexandre Araruna compara que estar protegido para enfrentar qualquer doença é como a economia de uma casa. “Nós precisamos ter economizado antes para no momento da necessidade ter dinheiro para enfrentar melhor o problema financeiro. Assim também é com o nosso organismo: se eu quero estar hoje preparado para enfrentar qualquer virose ou infecção, primeiro tenho que ter uma prevenção para que no momento oportuno eu possa usar isso a meu favor”.
Alexandre Araruna destaca que as melhores medidas a serem tomadas para se ter um organismo saudável “pode ser resumida nos cinco dedos”:
1º) Líquidos: tomar água, suco e chá, de forma satisfatória e abundante (exceto álcool);
2º) De forma imediata sempre alimentar-se bem: frutas, verduras, legumes, folhas, etc., ou seja, ter uma alimentação saudável e contínua (e com alguns cuidados específicos para pessoas que têm impossibilidade de alimenta-se, por exemplo: o diabético do açúcar; o hipertenso do sal);
3º) Atividade física: fazer qualquer atividade física coerente com o biotipo da pessoa, com a condição física, a idade e suas limitações eventuais (às vezes só uma atividade como a caminhada numa praça ou praia, ou fazer hidroginástica, ou esportes mais intensos, mas respeitando o limite da pessoa);
4º) Ter boas coisas na cabeça: sorrir, se divertir, estar com a família e os amigos, ter fé, enfim, as coisas boas do dia a dia que animam a pessoa e assim ajudam a subir a defesa do organismo;
5º) Dormir bem é essencial para recuperar todo o embate do dia (assim como um celular que precisa ser recarregado na tomada à noite para no outro dia ser utilizado os 100% de bateria, é preciso ter um sono restaurador em que a mente se reorganiza e o corpo se reenergiza).
“Quando a gente agrega esses cinco dedos e numa eventualidade vem a enfrentar algum embate de uma doença, o nosso organismo terá melhores condições de superar”, garante o médico.