Por Valter Nogueira
O vereador Bruno Farias voltou à cena político-eleitoral, a partir de declarações prestadas ao blog do Ninja, do jornalista Henrique Lima. Nestas, o parlamentar fala de sua permanência no Cidadania e avisa que, nas eleições desse ano, seguirá a orientação política do prefeito Cícero Lucena.
No que tange à questão partidária, não há o que discutir, mesmo no momento em que a figura maior do partido (João Azevêdo) deixa a legenda e regressa ao PSB. É uma questão pessoal e Bruno, com toda a sua verve, explica de forma magistral.
Bruno traça uma linha do tempo de sua vida pública. Porém, em dado momento, alfinete os políticos que “trocam de partido como quem troca de roupa”.
Mas Bruno vai além, ao tecer comentários acerca da vida partidária do governador João Azevedo:
“O Governador, impelido por circunstâncias políticas, já que havia saído do PSB em 2019, teve que encontrar um abrigo em uma legenda partidária, e, dessa forma, naquela época, foi para o Cidadania. Comigo foi diferente. Eu escolhi o PPS/Cidadania por me identificar com o partido e com a sua história. São 15 anos de filiação e me orgulho demais de minha trajetória partidária.”.
Bruno diz, ainda, que partido político para ele é algo muito sério. Por essa razão não acha comum quem troca de partido com freqüência.
Segunda resposta
Na segunda resposta, o viés político se encaixa muito na atual fase de pré-campanha eleitoral. Na condição de líder do prefeito Cícero Lucena na Câmara Municipal – e por dever de lealdade – Bruno avisa que seguirá a orientação do gestor nas eleições de 2022.
Tom de recado
Em conversa com alguns colegas articulistas políticos, a leitura que se faz é de que as declarações de Bruno tem tom de recado – mas, para quem?
Resquícios de 2020
Bruno Farias fez campanha para ser o vice na chapa de Cícero Lucena, nas eleições de 2020, mas teve o seu nome preterido pela cúpula do Cidadania.
À época, caberia ao Cidadania indicar o vice. Na hora “H”, o governador João Azevêdo anunciou o nome de Léo Bezerra.
Resumo
Bruno, por questão pessoal ou por lealdade ao seu líder político, poderá não votar em João, nesta eleição.