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Dependência Comercial: Fertilizante representa 62% das importações do Brasil na Rússia

A maior dependência comercial do Brasil em relação à Rússia são os adubos e fertilizantes, que representam 62% dos produtos importados daquele país, o principal fornecedor. No ano passado, foram gastos US$ 3,5 bilhões com a compra desses itens. Por isso, é uma das questões que mais preocupam o agronegócio e o governo federal em meio à guerra após a invasão russa da Ucrânia.

O risco de desabastecimento de fertilizantes pode provocar desequilíbrio, com disparada de preços dos alimentos e alta da inflação. O tema foi um dos assuntos que o presidente Jair Bolsonaro discutiu com o presidente russo, Vladimir Putin, em encontro em Moscou, no início de fevereiro.

O Brasil gastou um total de US$ 5,6 bilhões em compras do parceiro russo em 2021, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério da Economia. Um aumento de 107%, comparado ao ano anterior, quando o gasto chegou a US$ 2,7 bilhões. As importações do país russo ficaram na 6ª colocação.

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Mas a balança comercial entre os dois países é deficitária, porque o Brasil compra mais produtos do que vende para a Rússia. As exportações somaram US$ 1,5 bilhão em 2021, um aumento de 4% em relação a 2020. Entre os produtos mais exportados estão a soja (22%), carne de aves (11%) e café não torrado (8,4%).

Principais produtos importados da Rússia em 2021

– Adubos ou fertilizantes químicos (62%)
– Carvão (8,4%)
– Óleos combustíveis de petróleo (7,6%)
– Produtos semi-acabados, lingotes (6,5%)
– Demais produtos – Indústria de Transformação (4,5%)
– Alumínio (2,5%)
– Prata, platina e outros metais do grupo da platina (2,4%)
– Produtos laminados planos de ferro ou aço  (2,1%)
– Borrachas sintéticas (1,2%)
– Preparações e cereais de farinha (1,2%)

Principais produtos exportados para a Rússia em 2021

– Soja (22%)
– Carnes de aves (11%)
– Café não torrado (8,4%)
– Amendoim (8,2%)
– Açúcar e melaço (8%)
– Carne bovina (7,3%)
– Ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro (3,5%)

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A Ucrânia ocupa a 63º posição do ranking de importações brasileiras. O comércio os dois países em 2021 movimentou US$ 438,2 milhões, de acordo com dados da Secex. Foram US$ 226,8 milhões em exportações e US$ 211,4 milhões de importações. A balança comercial tem um superávit de US$ 15 milhões a favor do Brasil.

As vendas da Ucrânia para o Brasil estão concentradas praticamente em itens industriais. Quase US$ 120 bilhões são em produtos que têm aço e ferro como matéria-prima. As exportações dos outros setores não chegam a US$ 1 milhão.

Principais produtos exportados para a Ucrânia

Amendoim (13%)
Açúcares e melaços (11%)
Máquinas não elétricas, ferramentas e aparelhos mecânicis (11%)
Minério de alumínio e seus concentrados (11%)
Soja (8,7%)
Tabaco descaulificado ou desnervado (8,7%)

Produtos importados da Ucrânia

– Produtos semi-abacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (22%)
– Polímeros de cloreto de vinila (20%)
– Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado (13%)
– Ferro-gusa, spiegel e ferro-esponja (9,4%)
– Barras de ferro e aço (9%)
– Medicamentos incluindo veterinários (7%)

Fonte: R7

 

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Valter Nogueira

Valter Nogueira de Amorim, jornalista profissional, é o editor-chefe do blog. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (1988). Atuou nos principais jornais impressos do Estado, tais como A União, O Momento, Correio da Paraíba e O Norte. No campo administrativo, foi secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Rita (1997-2005), assessor de Imprensa da Prefeitura de Pedras de Fogo (2008). Exerceu, também, o cargo de gerente de Comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba, no período de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019. No período de maio de 2024 a março de 2025, Valter Nogueira respondeu pela ASCOM do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.