Por Valter Nogueira
Recorrendo ao jargão do futebol, no Brasil de hoje a expectativa de clássico nas eleições 2022 fica por conta da corrida presidencial e, em nível estadual, a disputa para governador. Porém, no caso particular da Paraíba, o palco será dividido pela peleja em torno da única vaga de senador.
No jogo, ou melhor, na disputa ao Senado, as equipes já estão no gramado reconhecendo o campo. É claro que no aquecimento todos os jogadores entram em campo, mas na hora do jogo só os escolhidos pelo técnico jogam.
A analogia acima se encaixa mais no lado do governo, com dois candidatos em potencial (Aguinaldo e Efraim) disputando a única vaga de senador na chapa a ser encabeçada pelo governador João Azevêdo – pré-candidato a reeleição.
Caberá a João a difícil missão de definir o time.
No segmento bolsonarista, surge a pré-candidatura do pastor Sérgio Queiroz. É possível que outras sejam lançadas até as convenções partidárias.
Todavia, a do pastor Sérgio, sintonizada na faixa elite-evangélica, por assim dizer, tem mais chance de decolar. E se for o escolhido do presidente Jair Bolsonaro, pode fazer sombra aos políticos tradicionais do cenário paraibano.
Esquerda
Na corrida ao Senado, a esquerda parece estar mais unida. Até o momento, conta apenas com um pré-candidato pra chamar de seu. Falo do ex-governador Ricardo Coutinho, virtual candidato a senador pelo PT com apoio da ala esquerdista.
Análise
Em análise raso, defendendo apenas a bandeira do bom jornalismo, é possível afirmar que, a preço de hoje, o pré-candidato Ricardo leva vantagem – caso se torne elegível.
Ricardo precisa, primeiro, reverter a sua atual situação eleitoral. Hoje ele é inelegível. Porém, caso reverta a situação, será candidato único da ala esquerdista, ao passo que a direita sinaliza entrar em campo dividida, com mais de três candidaturas, no mínimo.