A produção literária do desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque não para. Neste sábado (18), o magistrado, professor, historiador e escritor lança mais dois livros: o romance ‘Gurguri’ e a novela ‘A Botija -Tristão e Angélica’. O lançamento das obras ocorrerá às 10h, na Livraria do Luiz, no Centro de João Pessoa.
O romance ‘Gurguri’ é a segunda obra do escritor nesse gênero literário. O livro tem semelhança com ‘Meus Verdes Anos,’ do paraibano José Lins do Rêgo, e com ‘Fretana’, de Carlos Dias Fernandes.
A obra é autobiográfica, conta de forma romanceada a vida na cidade de Mamanguape, terra onde nasceu Marcos Cavalcanti, no século XX, com histórias engraçadas e culturais da região, estando no centro dos acontecimentos o autor na sua infância e juventude com seus pais, os oito irmãos e demais familiares.
“O título Gurguri é o nome da propriedade rural dos meus pais, onde passei minha infância e de onde guardo grandes recordações”, revela o escritor.
A segunda obra, a novela intitulada ‘A Botija -Tristão e Angélica’, é uma mistura de realidade e ficção, sendo a primeira novela escrita pelo magistrado.
O caso real é uma botija que o premiado ganhou e, por medo dos espíritos e também para a botija não se encantar, convidou um pai de santo para ajudar a arrancar e dividir com ele o ouro. No entanto, o pai de santo enganou o agricultor dono da botija e ficou com o todo o ouro e lhe entregou o caixote cheio de pedra e carvão.
O caso foi parar na delegacia de Itapororoca. Em seguida, depois do inquérito virar processo, foi parar nas mãos do promotor de Justiça e do juiz de Mamanguape.
“Daí tem a ficção do namoro de Tristão com Angélica, que os pais não aceitavam porque ele era pobre e ela rica, o que se pensou que a riqueza da Botija do pai de Tristão iria resolver, mas houve a frustração do encantamento da botija”, conta o autor.
Preta Gertrudes
O primeiro romance do desembargador Marcos Cavalcanti, ‘A Preta Gertrudes’, foi adaptado para o teatro. A obra histórico-jurídica retrata a batalha judicial da paraibana escravizada e alforriada, para evitar que fosse vendida ilegalmente em praça pública, como pagamento de uma dívida. O fato aconteceu no século XIX, em Paraíba do Norte (João Pessoa).
Autor
Marcos Cavalcanti é membro da Academia Paraíba de Letra e, no Poder Judiciário, preside a Comissão de Cultura e Memória do Tribunal de Justiça da Paraíba