Por Valter Nogueira
Há algo de estranho – pra não dizer dúbio – no comportamento do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino (Republicanos), nesse período de definições políticas com vista às eleições de outubro deste ano.
Tal realidade foi exposta a partir de dois discursos adotados pelo chefe do Poder Legislativo estadual, fato que veio à tona em dois momentos distintos neste sábado (2).
Primeiro, Adriano classifica de “satisfatória” a reunião entre o partido Republicanos e o governador João Azevêdo (PSB), na Granja Santana. Na ocasião, a notícia era de que o partido teria indicado dois nomes para a vaga de vice na chapa governista: Wilson Filho e Raimundo Lira.
Poucas horas depois, no aniversário de Murilo Galdino, o presidente da ALPB adota outra postura: revela, em sua fala – mesmo que de forma indireta – que ele está no páreo para ocupar a vice na chapa de João.
Galdino afirmou preferir perder a vaga de vice de João Azevêdo a ter que romper com o deputado Efraim Filho – este pré-candidato a senador.
A fala e imagens de Galdino correram Paraíba afora, por meio das redes sociais.
Ora, então seria Fake News a notícia dando conta de que o Republicanos tinha indicado Wilson e Lira!? Seria uma cortina de fumaça?
Leitura
A tirar pelo discurso de Adriano, a indicação de Wilson e Lira é um engodo – qualquer tipo de cilada, manobra ou ardil que vise enganar, ludibriar outrem, induzindo-o a erro.
Sinais
Salvo engano, o colega Wellington Farias foi o primeiro – em artigo publicado em seu blog – a alertar o governador para as ciladas das “cobras criadas” da política, considerando que João é um neófito nesse campo.
Ontem, o multimídia Walter Santos, com suas análises pertinentes acerca da cena política, também lançou sinal de alerta sobre o tema.
Última
É chegada a hora do governador lançar mão de sua autoridade política, dar um freio de arrumação, sob pena de ficar refém de Republicanos e Progressistas e, por conseguinte, entregar para terceiros a liderança da condução do processo político nas eleições deste ano.
Afinal, tudo tem limite!