
O Partido Liberal (PL) realiza, neste domingo (24), convenção nacional em que formalizará o nome do presidente Jair Bolsonaro como candidato à reeleição pela legenda. A oficialização ocorrerá em um evento, com estrutura de comício, no ginásio Maracanãzinho, na zona norte do Rio de Janeiro, berço político do presidente.
O partido espera reunir cerca de 10 mil pessoas. A orientação é que os participantes vistam roupas nas cores verde e amarelo.
De acordo com a organização, haverá detector de metais, e a segurança do evento será feita por uma empresa de segurança privada e terá o apoio da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Os organizadores pedem que os participantes cheguem com três horas de antecedência. O evento está marcado para as 11h.
Tradicionalmente, as convenções são reuniões de filiados dos partidos para confirmar candidaturas e eventuais coligações. O calendário estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê o período entre 20 de julho e 5 de agosto para a realização dos encontros. Confirmado o nome do candidato, o partido está apto a registrar a candidatura no TSE – o prazo-limite para esse registro é 15 de agosto.
A reunião dos filiados do PL para aprovação da candidatura deve ocorrer bem antes de Bolsonaro subir ao palco. O encontro está previsto para o início da manhã, por meio de uma plataforma virtual fechada do partido.
Coligação
Durante a convenção, também deve ser discutida uma possível coligação com o PP, o Republicanos e o PTB, siglas que integram o bloco informal conhecido como Centrão.
Esse tipo de aliança entre dois ou mais partidos pode ser desfeita após as eleições e é permitida para as disputas aos cargos de presidente, governador, senador e prefeito.
Braga Netto
A convenção também deve marcar a confirmação do nome do general Walter Braga Netto para a vaga de vice na chapa de Bolsonaro. O militar se filiou ao PL em março deste ano. Ele também é um dos coordenadores da campanha à reeleição.
O general de quatro estrelas chegou ao posto máximo da carreira dentro do Exército e ganhou notoriedade em 2018, quando foi nomeado interventor federal no Rio de Janeiro pelo então presidente Michel Temer (MDB).
Em 2020, foi nomeado para chefiar a Casa Civil e, depois, em março de 2021, passou a comandar o Ministério da Defesa. Este ano, o general deixou a pasta e assumiu a vaga de assessor especial da presidência da República, da qual foi exonerado em julho.