Por Valter Nogueira
Muito se especula sobre qual o papel do governador reeleito João Azevêdo na futura eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba, cujo processo foi deflagrado de forma um tanto antecipada. Entre tantas variantes, o chefe do executivo estadual poderia, claro, ter optado por passar ao largo do evento político em pauta – mas seria ingenuidade pensar assim.
João Azevêdo tem autoridade e poder político para contar com o apoio da Casa Epitácio Pessoa nos próximos quatro anos, independente do presidente de plantão, desde que o eleito seja um nome da sua base política. E o governo tem bancada para eleger os presidentes dos dois biênios.
A preço de hoje já é visível movimentos do governador quanto à questão em pauta. No entanto, tal processo requer muita habilidade política ante o grande número de deputados aliados de primeira hora; será impossível pinçar um nome, sem que não provoque arranhões nos demais.
ALPB
A eleição no Legislativo reflete no Executivo. Isso ocorre porque o presidente da Assembleia Legislativa tem poderes que interferem diretamente na administração do Estado. É papel do chefe do legislativo, por exemplo, pautar projetos, instalar CPIs etc.
Prévia
Nesse diapasão, uma entre poucas alternativas seria o governador sugerir uma prévia entre os nomes postos. No caso, os deputados postulantes, como que em um ‘conclave’, votariam entre eles. O que vencesse a prévia, aí sim, teria o apoio do governador e dos demais parlamentares da base aliada.
Fato
Conjecturas à parte, o fato é que a eleição para os biênios 2023/2024 e 2025/2026, que acontecerão em fevereiro próximo, na primeira sessão da nova legislatura da Casa de Epitácio Pessoa, será o primeiro teste aferidor do poder e da habilidade política do agora consagrado líder João Azevêdo.
Última
Tal qual um jogo de Xadrez, um rei ficará de pé; os demais, Xeque-mate!