Matéria do Estadão informa que a segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanecerá sob os cuidados de equipe da Polícia Federal (PF) no início do governo, em 2023. A decisão ocorre por desconfiança do PT dos militares lotados no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência.
De acordo com a matéria, a mudança no esquema da segurança, considerada por integrantes da equipe de Lula como provisória, esvazia o ministério tradicionalmente responsável pela tarefa.
Nos bastidores, aliados de Lula têm dito que é necessário manter a segurança presidencial com a PF diante da “delicadeza” do momento. Em conversas reservadas, dirigentes do PT e ministros indicados pelo partido admitem receio de que a integridade do GSI tenha sido comprometida por “ideologização” desde que o general Augusto Heleno assumiu o comando da pasta, em 2019. Ele é um dos aliados mais fiéis do presidente Jair Bolsonaro (PL) e chegou a dizer que “infelizmente” Lula não estava doente.
O futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), tem tratado o tema com integrantes do GSI e com o delegado Andrei Passos, que foi responsável pela segurança de Lula na campanha e agora será diretor-geral da PF. A ideia é preparar uma proposta de reestruturação das atribuições do GSI e manter, no âmbito da PF, um departamento para a proteção pessoal do presidente, do vice e de suas respectivas famílias.
Fonte: O Estadão