Por Valter Nogueira
Em eleições, a rigor, só existem dois resultados: vitória ou derrota. Quando ocorre o empate nas urnas, antiguidade é posto; entra o critério da idade, o mais velho leva a parada. Grandes líderes políticos colecionaram vitórias, mas muitos deles experimentaram também o gosto amargo da derrota.
Abraham Lincoln é exemplo de superação ante sucessivas derrotas. Após uma série de insucessos na vida política e pessoal, chegou à presidência dos Estados Unidos da América.
Mas Lincoln tinha uma característica ímpar, virtude presente no perfil de poucos – para não dizer raros –, qual seja: reclamava pouco. Mais do que isso, procurava olhar primeiro para si (ver onde errou) antes de querer transferir para terceiros o motivo que o levou ao fracasso.
Pessoas com tais características são dignas de vitórias emblemáticas.
Diferente de Lincoln, os políticos medíocres e os falsos líderes reclamam muito, são mal-humorados e não admitem seus fracassos. Estes costumam querer transferir para outros os seus erros. Ao primeiro sinal de derrota, procuram um bode expiatório para creditar a culpa do iminente fracasso.
Pessoas do tipo chegam gritando porque são vazios, latem alto para parecer fortes, mas, na realidade são despreparados e fracos.
Verdadeiros líderes são respeitados, os falsos impõem medo para impressionar. Por essa razão, lançam mão do sigilo e da repressão, vez que não sobrevivem à transparência.
Ascensão e queda
Lobos em pele de cordeiro são bons de lábia, costumam usar máscaras para seduzir a massa. Família, valores, pátria e religião são ingredientes fáceis na boca destes falsos líderes. Com tal oratória, arregimentam rebanhos.
Todavia, por serem vazios, estes “líderes” têm ascensão rápida, porém, fugaz. Sobem em marcha de foguete, caem em velocidade meteórica – na maioria dos casos, são políticos de um mandato só.
A história é testemunha da ascensão e queda de figuras infames.
Última
Quem não sabe perder, não merece vencer!