Por Valter Nogueira
A já esboçada disputa interna no Partida dos Trabalhadores (PT), com vista à eleição municipal de 2024, em João Pessoa, poderá ser fraticida, ou não. Isto é, poderá ser, também, salutar, pertinente. Tudo vai depender do viés que o processo irá tomar.
O motivo do introito é para dizer que, nesta análise, expressamos visão diferente, em parte, do colega Josival Pereira, que, em recente artigo, em sua coluna no portal T5, traz à tona o tema em questão.
Nesse diapasão, a perspectiva de disputa interna no PT se projeta porque o partido tem quadros. E é natural que nomes de proa da legenda sinalizem o desejo de ser o candidato da sigla à prefeitura da Capital.
No cenário atual, ao menos três nomes já foram postos na vitrine: Luciano Cartaxo, Cida Ramos e Marcos Henriques. Os três têm capital político para pleitear a indicação.
Cartaxo
De volta à atividade parlamentar, Luciano Cartaxo tem forte currículo a apresentar, na condição, hoje, de aspirante à indicação. Afinal, foi vereador em João Pessoa, seu principal reduto político, foi deputado estadual, vice-governador e, por fim, prefeito da Capital por dois mandatos.
Cida Ramos
Deputada estadual bem votada, com grande trabalho realizado desde a militância estudantil na Capital, Cida Ramos volta a externar o desejo de concorrer à referida prefeitura, desta vez pelo PT.
Foi reeleita pelo grande trabalho que realizou na Assembleia Legislativa da Paraíba, e se notabilizou pela reconhecida ação social que desenvolve no Estado, independente de mandato político.
Marcos Henriques
Correndo por fora, se apresenta o vereador pessoense Marcos Henriques. O nome de Marcos se projeta no cenário político local pela ação combativa que faz em favor da classe trabalhadora, a partir do mandato na Câmara Municipal, e em prol de segmentos importantes, a exemplo da cultura.
Passado
É inegável que disputas fraticidas ocorrem na legenda petista, notadamente, nas últimas duas eleições. Porém, os deslizes cometidos no passado podem servir de alicerce para um novo tempo: disputa interna, sim; rachas nocivos, não.
Vivemos o presente, posto que o futuro é incerto e o passado não dominamos mais.
Eleição na Paraíba
A propósito, fala-se muito que na Paraíba se costuma antecipar as eleições. Mas é o caminho natural, ao menos no segmento político. Afinal, no Brasil, temos eleições de dois em dois anos.
Passado um pleito, muda-se o chip, é virada a chave, os holofotes focam em nova direção. O assunto do dia, nas ruas e nas esquinas, passa a ser a eleição próxima.