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REDES SOCIAIS: é possível regular sem cercear a liberdade de expressão

Por Valter Nogueira

A Lei é algo importante não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Por essa razão, conhecer as leis e respeitá-las são princípios fundamentais para garantir que todas as pessoas exerçam com segurança o direito legítimo de ir e vir.

O motivo do introito é para afirmar que as redes sociais precisam e devem ser reguladas, sob pena de continuar sendo terra de ninguém, campo onde se dissemina a denominada ‘liberdade de agressão’.

A propósito, terra de ninguém existiu em vários segmentos, no passado, realidade que exigiu da sociedade ajustar tais segmentos a partir de leis e normas como forma de disciplinamento.

O trânsito de veículos nas cidades pode ser citado como exemplo. Antes do automóvel, houve a necessidade de disciplinar o tráfego de carroças a tração animal. Os acidentes e atropelamentos de pessoas exigiram medidas drásticas, à época – existem livros e trabalhos sobre o assunto.

Depois vieram os automotores, o que exigiu novas leis ante o surgimento de novos comportamentos: sinais de trânsito, legislação, semáforos etc.

O surgimento de algo novo impõe criação de novas regras que, por vezes, derivam em leis – que podem ser revisadas e aperfeiçoadas com o tempo.

Redes Sociais

Por meio das redes sociais, o homem passou a divulgar informações e a propagar ideias, cujo conteúdo, a rigor, deve ser de entretenimento, educativo, informativo, dentre outros. No quesito informativo, é imprescindível – e ético – a emissão de informações verídicas, em vez de notícias falsas.

Regulação atual

O Marco Civil da internet (Lei nº 12.965/2014) regula as redes sociais no Brasil desde 2014, porém essa lei atua com limitações. A legislação não responsabiliza as plataformas pelo uso dela, ou seja, pelas publicações feitas por terceiros, ainda que esteja sendo divulgado informações falsas.

– Informações falsas (Fake News) precisam ser tratadas com rigor.

O avanço da tecnologia e a urgência em notificar um acontecimento impõem a necessidade de regular os canais de comunicação. Ocorre que, com um celular na mão, todo mundo passou a ser jornalista.

Nesse diapasão, muita gente despreparada (não qualificada na área) passou a propagar fatos e acontecimentos a torto e a direito. Mais do que isso – e pior – , pessoas com segundas intenções lançaram mão das Fake News.

Fim

A regulação é necessária e possível ser feita sem ferir direitos, mas rigorosa com os excessos. A regulação não deve e não pode ser associada à ideia de cerceamento da liberdade de expressão.

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Valter Nogueira

Valter Nogueira de Amorim, jornalista profissional, é o editor-chefe do blog. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (1988). Atuou nos principais jornais impressos do Estado, tais como A União, O Momento, Correio da Paraíba e O Norte. No campo administrativo, foi secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Rita (1997-2005), assessor de Imprensa da Prefeitura de Pedras de Fogo (2008). Exerceu, também, o cargo de gerente de Comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba, no período de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019. No período de maio de 2024 a março de 2025, Valter Nogueira respondeu pela ASCOM do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.