As doenças do coração e o número de mortes por hipertensão e outros problemas cardiovasculares aumentam assustadoramente no país e, na Paraíba, não é diferente, com maior demanda na região metropolitana de João Pessoa, segundo informa o médico cardiologista Francisco Santiago, do Hospital Dom Rodrigo, na Capital. O especialista aponta a parceria público-privado como forma de superar a situação preocupante.
Diante do quadro atual, o médico diz que a situação requer o a união de esforço entre governos estaduais, prefeituras e hospitais da rede privada. “No caso particular dos municípios, como João Pessoa, faz-se necessário o credenciamento de mais hospitais e clínicas que atuam na área de cardiologia, como forma de atender a contento o grande número de pessoas que procuram por tais serviços”, destaca.
Francisco Santiago informa, também, que, na Grande João Pessoa, todo atendimento referente a doenças cardiológicas ficou concentrado no Hospital Metropolitano, do Governo do Estado, realidade que, diariamente, recebe grande demanda de pacientes não só da cidade de João Pessoa, mas de diversos municípios paraibanos e até mesmo de outros estados.
O cardiologista destaca, ainda, o grande e necesário serviço oferecido e prestado pelo Metropolitano, e o programa do governo estadual denominado ‘Coração Paraibano’.
“No entanto, diante da crescente demanda, é preciso abrir mais portas para a população, sobretudo de João Pessoa, cidade sede de uma região metropolitana com mais de 1 milhão de habitantes”, finaliza o médico.
Parceria
Francisco Santiago revela que, até pouco tempo, havia um convênio o entre a Prefeitura de João Pessoa e hospitais da rede privada. O Hospital Dom Rodrigo, por exemplo, realizava 40 cirurgias cardíacas por mês; 40 angioplastias; implantação de 130 cateres; 35 marca-passos; além de Cárdio Desfibrilador Implantado (CDI), 05 por mês.
Números do INC
A título de ilustração, o médico Francisco Santiago cita recente relatório do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) que aponta mais um dado preocupante: número de mortes por hipertensão cresce entre as mulheres, no Brasil.
De acordo com o estudo, entre 2019 e 2021 (dois anos), o aumento de mortes de mulheres atingiu a marca dos 41%. Em 2019, foram registradas 14.770 e, 20.027, em 2021.
Com base nos números, reportagem exibida em vídeo no site oficial do INC aponta que morte por hipertensão já é mais frequente na população feminina, superando o câncer de mama e o AVC cerebral.