Por Valter Nogueira
Aos poucos, as “sujeiras” do governo do presidente Jair Bolsonaro começam a vir à tona. O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, recomprou, nos Estados Unidos, o Rolex recebido de presente por Jair Bolsonaro (PL), para poder entregar o item ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Frederick Wassef teve de pagar um valor maior do que aquele obtido na venda. A propósito, Wassef é um dos alvos da operação que apura desvio de bens recebidos pelo ex-presidente em seu mandato de presidente.
O relógio de luxo foi um presente de autoridades sauditas a Bolsonaro durante uma viagem oficial do então presidente da República em 2019 à Arábia Saudita e ao Catar. O item foi levado para os Estados Unidos – para onde Bolsonaro viajou às vésperas de deixar a Presidência – e lá foi vendido.
Segundo o blog do Valdo Cruz, o Rolex e um outro relógio de luxo da marca Patek Philippe foram vendidos pelo general da reserva do Exército Mauro Cesar Lourena Cid, por US$ 68 mil.
A propósito, o general Mauro Lourena Cid é pai do coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordem de Bolsonaro.
– General que pratica ação similar a de bandido mancha a farda do tradicional Exército Brasileiro.
Após a existência do relógio vir à tona – em março deste ano –, a defesa de Bolsonaro se comprometeu a devolver o item. O TCU entende que esse tipo de presente recebido por autoridades no exercício do cargo não pertencem ao presidente, mas à União.
Wassef, então, entrou em campo para concretizar a compra – ou melhor, tirar a sujeita de debaixo do tapete.