Por Valter Nogueira
Há uma máxima popular que diz: a conta não fecha, não bate! É utilizada quando o discurso não casa com a realidade, quando as ações de um gestor, por exemplo, sinalizam algo diferente da oratória. A máxima vem a calhar com o recente discurso da maioria dos prefeitos dando conta que as receitas caíram e, por essa razão, estavam de “pires na mão”.
O discurso de ‘terra arrasada’ foi desmontado pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Nominando Diniz. Em recente entrevista à imprensa, Diniz revelou que prefeituras gastaram acima do permitido; além dos recursos que receberam.
Em resumo, a semana termina com Nominando Diniz rebatendo a denúncia de prefeitos quanto à redução de repasse de valores às prefeituras oriundos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
“Não houve redução, o que houve foi que as prefeituras aumentaram as despesas. Não teve redução. Se o gestor disser, a gente confere. Não caiu nada de FPM. Comparado ao ano passado, não tivemos queda nos repasses não. O que ocorreu foi que cresceu a despesa, principalmente com contratações”, declarou o presidente do TCE.
Festas
De janeiro a outubro do ano em curso, os meios de comunicação estamparam, diuturnamente, manchetes dando conta de que prefeituras minúsculas gastaram valores maiúsculos com festas suntuosas. Foram eventos a torto e a direito, com muito dinheiro público gasto nestes festejos.
A título de exemplo, trago o lead de uma matéria publicada no portal ClickPB, no dia 05 de maio deste ano:
“A Prefeitura de Sumé, município do Cariri paraibano, vai gastar R$ 560 mil, em recursos próprios, para contratar sete bandas que vão se apresentar no São João da cidade. Os gastos foram publicados no Diário Oficial do Estado.”
Resumo
A maioria dos prefeitos gastam muito, e, pior, gastam mal!