PUBLICIDADE

EGÍDIO NA GLOBO: escândalo no Hospital Padre Zé vai virar minissérie

O escândalo protagonizado pelo padre Egídio de Carvalho será tema central de uma minissérie da Rede Globo, revelou o jornalista Clilson Júnior, nesta sexta-feira (9),durante o programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM. Padre Egídio está preso por suspeita de comandar um esquema de corrupção e desvio de recursos públicos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

A minissérie vai ser produzida em quatro capítulos e abordar temas como sexo, política e corrupção, que estariam ligados ao padre. A minissérie, como afirmando por Clilson Júnior, será feita nos moldes da que foi produzida sobre o religioso João de Deus, autoproclamado curandeiro e suspeito de abusar de mulheres durante “curas espirituais”.

Protagonizado pelo padre Egídio de Carvalho, o escândalo do Hospital Padre Zé tem uma série de fatos e acontecimentos capaz de subsidiar qualquer enredo; novela, filme minissérie.

Relembro os principais fatos do caso Padre Zé

O escândalo no Hospital Padre Zé começou a ser divulgado após o desaparecimento de celulares e equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal para serem leiloados pelo hospital. Após isso, começaram a surgir denúncias de desvio de outros recursos e o esquema criminoso, comandado pelo padre Egídio de Carvalho, então diretor do hospital.

Em seguida, o religioso  virou foco de uma investigação na Operação Indignus. Durante as ações policiais, o padre Egídio foi afastado da direção do Hospital Padre Zé pela Arquidiocese da Paraíba. Uma nova equipe foi designada para comandar a unidade de saúde e determinou, inclusive, a realização de auditorias.

A Arquidiocese revelou que o padre Egídio havia contraído o valor de R$ 13 milhões em empréstimos em nome do Hospital Padre Zé e o dinheiro nunca chegou a ser aplicado na unidade de saúde.

A Operação Indignus cumpriu mandados em dez imóveis que seriam do padre Egídio, dentre eles uma granja na cidade de Conde e apartamentos em prédios de luxo na orla de João Pessoa. Nos locais, os investigadores encontraram itens de luxo e ostentação. Os imóveis eram equipados com lustres e projetos de iluminação requintados.

Também chamou atenção que na granja havia móveis rústicos de madeira avaliados em R$ 3 milhões, além de 30 cães da raça Lulu da Pomerânia. De acordo com o mercado, um cão desta raça pode ser comercializado por até R$ 10 mil.

O padre Egídio de Carvalho, além de Amanda Duarte e Jannyne Dantas, ambas apontadas como envolvidas no esquema, foram presos no dia 17 de novembro.

Após audiência de custódia, o padre foi encaminhado ao Presídio Especial em João Pessoa, Amanda Duarte está em prisão domiciliar, por estar amamentando um bebê de quatro meses, e Jannyne Dantas foi levada ao presídio feminino Júlia Maranhão, também na Capital.

Em tentativa de colocar o religioso em liberdade, os advogados do padre Egídio entraram com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a medida foi negada pelo ministro Teodoro da Silva Santos.

Os advogados também tentaram recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o pedido foi negado pela ministra Cármen Lúcia. No fim de janeiro, o padre teve um novo recurso negado, dessa vez pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba TJPB).

No dia 6 de fevereiro, os advogados do padre entraram com um novo recurso no STJ pedindo a liberdade do religioso. O pedido será relatado pelo ministro Teodoro Silva Santos.

Em novo capítulo sobre o caso, diversas microcâmeras foram encontradas espalhadas por salas administrativas do hospital. Os equipamentos teriam sido instalados à mando do padre Egídio na época que ele comandava o Hospital Padre Zé. A denúncia foi feita pelo jornalista Clilson Júnior.

Picture of Valter Nogueira

Valter Nogueira

Valter Nogueira de Amorim, jornalista profissional, é o editor-chefe do blog. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (1988). Atuou nos principais jornais impressos do Estado, tais como A União, O Momento, Correio da Paraíba e O Norte. No campo administrativo, foi secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Rita (1997-2005), assessor de Imprensa da Prefeitura de Pedras de Fogo (2008). Exerceu, também, o cargo de gerente de Comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba, no período de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019. No período de maio de 2024 a março de 2025, Valter Nogueira respondeu pela ASCOM do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.