O general e ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes negou ter sido omisso quando soube das intenções do ex-presidente Jair Bolsonaro de promover um golpe de Estado no Brasil, revela matéria postada, nesta sexta-feira (16), nos principais portais de notícia do país.
De acordo com as informações publicadas, o general Freire Gomes argumenta que articulou junto aos colegas do generalato do Exército para barrar a possibilidade de golpe.
As matérias informam, também, que o general conta a interlocutores que uma atuação junto ao Alto Comando era mais efetiva do que denunciar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as intenções do então presidente da República.
De acordo com colunistas dos principais portais do país, Freire Gomes tem dito a amigos que se denunciasse ao STF as intenções do então chefe do Executivo simplesmente criaria uma crise institucional no país, com chances de acabar propiciando uma ruptura, que era exatamente o que Bolsonaro pretendia.
A apontada atuação prudente do general Freira é ilustrada por um argumento feito por um amigo do o ex-comandante à coluna do jornalista Tales Faria, do portal Uol. O colega do general Freira argumenta: “A quem o comandante poderia fazer uma denúncia contra o então presidente? Somente ao STF. Isso seria solução ou criaria mais problema?”.
Tales Freire foi um dos articulistas de renome nacional que pulicou, hoje, em sua coluna, matéria sobre o assunto em tela.
Intenção de Golpe
Em reunião no início de dezembro de 2022, revelada pelo tenente-coronel Mauro Cid, o então presidente Bolsonaro apresentou aos chefes das Forças Armadas a minuta do golpe.
O ex-ajudante de ordens da Presidência, em delação premiada, revelou que o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, respondeu que seus homens estavam prontos para aderir a um chamamento, mas Freire Gomes recusou embarcar no plano golpista.