O deputado Walber Virgolino (PL) voltou a cobrar, nesta terça-feira (20), ação da Assembleia Legislativa da Paraíba ante o escândalo no Hospital Padre Zé. Mais do que isso, o parlamentar entrou com um requerimento na ALPB pedindo a transferência do padre Egídio para presídio federal de segurança máxima.
Na justificativa, Virgolino diz que o local onde o padre Egídio se encontra oferece risco para a segurança e incolumidade do religioso. .
O deputado disse acreditar que o religioso, apontado como mentor do esquema criminoso que desviou verbas do hospital, “sabe mais do que disse”.
Diante das afirmações, Walber disse também que o padre não irá falar mais sobre o caso enquanto permanecer em prisão estadual.
Ainda em seus discurso, Walber Virgolino acrescentou que o caso não pode ser “jogado para debaixo do tapete”.
CPI
Tramita no Poder Legislativo estadual um pedido de impeachment para apurar o escândalo no Hospital Padre Zé, protocolizado pelo deputado Walber Virgolino, no ano passado.
Escândalo
O escândalo no Hospital Padre Zé começou a ser divulgado, ano passado, após o desaparecimento de celulares e equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal para serem leiloados pelo hospital. Em seguida, surgiram denúncias de desvio de outros recursos e de um esquema criminoso comandado pelo padre Egídio de Carvalho, então diretor do hospital.
Em ato contínuo, o caso virou algo de uma investigação na denominada Operação Indignus.
Durante as ações policiais, o padre Egídio foi afastado da direção do Hospital Padre Zé pela Arquidiocese da Paraíba. Uma nova equipe foi designada para comandar a unidade de saúde e determinou, inclusive, a realização de auditorias.
A Arquidiocese revelou que o padre Egídio havia contraído o valor de R$ 13 milhões em empréstimos em nome do Hospital Padre Zé e o dinheiro nunca chegou a ser aplicado na unidade de saúde.
A Operação Indignus cumpriu mandados em dez imóveis que seriam do padre Egídio, dentre eles uma granja na cidade de Conde e apartamentos em prédios de luxo na orla de João Pessoa.
Os investigadores encontraram itens de luxo e ostentação. Os imóveis eram equipados com lustres e projetos de iluminação requintados. Na granja do religioso havia móveis rústicos de madeira avaliados em R$ 3 milhões.