A Embraer alcançou R$ 24,7 bilhões em valor de mercado nesta sexta-feira, 22, um recorde desde sua entrada no Novo Mercado da Bolsa, em 2006, revela matéria de o Estadão. O otimismo envolvendo a ação vem aumentando desde a encomenda de até 133 jatos pela American Airlines, no início de março, e foi ganhando tração esta semana, após a companhia divulgar balanço e guidance (projeção) para 2024 considerados fortes pelo mercado.
O fluxo de notícias positivas levou a uma sequência de aumentos no preço-alvo do papel por grandes bancos.
De acordo com a reportagem de o Estadão, só em março, a Embraer acumula alta de 28,79%, enquanto o Ibovespa cede 1,64% no mesmo período. Hoje, a ação ordinária e o American Depositary Receipt (ADR) da empresa brasileira negociado em Nova York avançam cerca de 8%, na esteira de visões positivas do JPMorgan e do Goldman Sachs, que elevaram os preços-alvos para R$ 51 e US$ 35, respectivamente, indicando potenciais de valorização de 65% e 41,5% ante o fechamento de quinta-feira, 21.
Antes, porém, logo no início do mês, o BTG Pactual incluiu a Embraer em sua carteira recomendada de ações, reiterando-a como top pick (preferência) do setor.
A matéria aponta, também, que em 4 de março a Embraer recebeu uma encomenda de até 133 jatos da American Airlines, com 90 pedidos firmes para o modelo E175. Caso todos os direitos de compra sejam exercidos, o acordo superará os US$ 7 bilhões, conforme preço de lista.
Na semana passada, o Morgan Stanley deu largada à sequência de elevações de preço-alvo, ao subir o da ADR de US$ 19,50 para US$ 40, potencial de alta de 61,7% ante o fechamento da véspera. O banco diz que a Embraer agora “emerge de múltiplos ciclos de investimento e entra em um período de colheita”, sendo vista como um “terceiro player aeroespacial comercial à altura da competição e entrando no duopólio da Boeing e da Airbus”.
Para o JPMorgan, o valuation (avaliação) da Embraer segue atraente, com o valor da empresa em 7,2 vezes o Ebitda (EV/Ebitda) esperado para 2024, apesar de estar abaixo do nível histórico, de cinco anos, de 8,3 vezes. O banco subiu suas estimativas de Ebitda para 2025 em 7%, refletindo um aumento equivalente nas receitas, devido às perspectivas positivas para a Defesa, além do pedido da American Airlines, que resultou em um aumento das margens esperadas para 2025 e 2026.
Já o Goldman Sachs aponta que a Embraer tem uma posição dominante no mercado de jatos regionais, onde a demanda impulsionada pela substituição de aeronaves está aumentando. Além disso, possui forte posição no mercado de jatos executivos, com oferta/demanda ainda restrita.