Na primeira missa de seu pontificado, o papa Leão XIV lamentou nesta sexta-feira (9) o declínio da fé em favor do “dinheiro”, do “poder ou do prazer”. Segundo pontífice das Américas, 69 anos, nascido nos Estados Unidos e que tem cidadania peruana, o novo papa foi eleito na quinta-feira após dois dias de conclave.
No mesmo cenário de sua eleição, a Capela Sistina, o papa denunciou que “ainda hoje não faltam contextos em que a fé cristã é considerada uma coisa absurda, para pessoas fracas e pouco inteligentes; contextos em que em vez dela se preferem outras seguranças, como a tecnologia, o dinheiro, o sucesso, o poder e o prazer”.
A Igreja deve ser “arca de salvação que navega sobre as ondas da história, farol que ilumina as noites do mundo”, acrescentou o líder espiritual de 1,4 bilhão de católicos no mundo.
Diante dos cardeais que o elegeram, Robert Francis Prevost, que foi missionário no Peru, fez um alerta contra a tentação de reduzir a figura de Jesus a um “líder carismático ou super-homem”, em uma aparente mensagem aos cristãos evangélicos.
“Ainda hoje, não faltam contextos nos quais Jesus, embora apreciado como homem, é simplesmente reduzido a uma espécie de líder carismático ou super-homem, e isto não apenas entre os não crentes, mas também entre muitos batizados, que acabam por viver, a este nível, num ateísmo prático”, afirmou em sua primeira homilia como papa.