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O fim de semana foi marcado pela escalada de tensão entre Irã e Israel – com ataques mútuos. A situação promete novos capítulos de mais um conflito no Oriente Médio, região onde é visível a existência de um barril de pólvora.

Na essência, não há vencidos nem vencedores em uma Guerra – todos perdem, de certa forma! Em outras palavras, “a guerra só nos causa dor”, diz a Canção do Exército.

O presente artigo não tem o objetivo de entrar no mérito do conflito Israel-Irã – quem tem razão ou não nessa guerra, até porque envolve questões complexas que devem ser analisadas com o desenrolar do conflito. O propósito é analisar a sutil batalha de egos e vaidades, que, no caso em questão, despreza a vida humana.

Afora as questões bélicas, com supremacia de Israel na região, o início dessa nova guerra já revela fatos novos ao mundo, entre estes o ascendente protagonismo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Por incrível que pareça, Netanyahu sai mais forte no cenário global após decidir, por conta própria, atacar o Irã antes do término do prazo demandado pelos Estados Unidos.

O movimento de Netanyahu mostra o que o mundo já percebia: Donald Trump não tem a força que tenta aparentar ter.  O primeiro-ministro israelense percebeu que Trump titubeia – morde e sopra; diz uma coisa hoje, faz outra amanhã.

A ação militar denominada ‘Operação Leão Ascendente’ foi formatada para acontecer em março passado. No entanto, Israel adiou a operação em atenção a um pedido de Donald Trump.

O ataque ao Irã não deveria acontecer antes da visita do presidente americano ao Oriente Médio.

Em ato contínuo, Trump pediu mais tempo para negociar com o governo iraniano. Ocorre que a paciência do também extremista Netanyahu se esgotou. Ele deve ter analisado, com o seu staff, que Israel não deveria mais esperar por um sinal dos Estados Unidos – decisão que quebrou um acordo de cavalheiros, por assim dizer.

Israel joga as cartas

De certa forma, Israel deu um grito de independência. E o fez dentro da lógica! Mesmo desagradando Trump – que deve ter feito beicinho –, Netanyahu sabe que a América não terá outra posição senão apoiar Israel no caso em tela.

Contraponto

Na batalha de superegos, Donaldo Trump, como esperado, não deixa barato e já dá sinais de que promoverá uma série de ações com vista a retomar o protagonismo no cenário mundial. O que, no caso em questão, não é bom, pois seus movimentos poderão inflamar ainda mais a situação.

No entanto, a preço de hoje, Netanyahu ofusca Trump!

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Valter Nogueira

Valter Nogueira de Amorim, jornalista profissional, é o editor-chefe do blog. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (1988). Atuou nos principais jornais impressos do Estado, tais como A União, O Momento, Correio da Paraíba e O Norte. No campo administrativo, foi secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Rita (1997-2005), assessor de Imprensa da Prefeitura de Pedras de Fogo (2008). Exerceu, também, o cargo de gerente de Comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba, no período de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019. No período de maio de 2024 a março de 2025, Valter Nogueira respondeu pela ASCOM do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.