O conflito entre Israel e Irã entrou no nono dia neste sábado (21), com novas trocas de ataques entre os dois países e sem sinal de cessar-fogo. Israel já deu sinais de que o confronto será prolongado e afirmou estimar que, hoje, suas ações teriam atrasado “em pelo menos dois ou três anos” o desenvolvimento de uma bomba atômica pelo Irã.
O governo do Irã, por sua vez, descartou uma retomada das negociações com os Estados Unidos sobre o programa nuclear antes do fim da ofensiva israelense.
No último dia 13 de junho, Israel iniciou uma ação militar com ataques aéreos contra o Irã, alegando que Teerã estava prestes a obter uma arma nuclear. Os iranianos, que negam essa acusação, responderam com lançamentos de mísseis e drones.
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi afirmou que o último relatório de sua agência não continha provas de que o Irã estivesse fazendo esforço sistemático para obter uma arma atômica.
Os ministros das Relações Exteriores da França, Reino Unido e Alemanha afirmaram que foi aberta uma via diplomática com o Irã em relação ao seu programa nuclear, mas que Teerã a condicionou ao fim dos ataques de Israel contra seu território.
O esforço por uma via diplomática aconteceu durante reunião realizada em Genebra, na Suíça, na última sexta-feira (20).
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, enfatizou que expressou a seus interlocutores sua vontade de realizar uma nova reunião em breve.
Em declarações a um grupo de jornalistas, o ministro confirmou que o governo de seu país também quer privilegiar a via diplomática, o que ele condicionou ao fim da “agressão” por parte de Israel.