O Botafogo-PB deu início a um processo formal para registrar a estrela vermelha como novo escudo do clube junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A ação partiu da SAF que administra o clube paraibano e acontece em razão da negativa do INPI, em 2015, ao registro do atual emblema, considerado uma imitação do escudo do Botafogo do Rio de Janeiro.
A SAF explica que a ausência de um símbolo legalmente registrado criou insegurança jurídica e comercial. A fornecedora de material esportivo Kappa, inclusive, condicionou a confecção da tradicional camisa listrada à regularização de um escudo. Por isso, o uniforme 1 ainda não foi entregue. A resposta inicial do INPI sobre o novo pedido deve sair em até 40 dias, mas o registro definitivo pode demorar até dois anos.
A mudança definitiva do escudo, contudo, depende da aprovação do Conselho Deliberativo do clube. A SAF detém 90% das ações da sociedade anônima do futebol, enquanto a associação, responsável pela identidade histórica do clube, mantém 10% e precisa aprovar qualquer alteração.
Além da estrela vermelha, o Botafogo-PB também deu entrada no registro das marcas “Belo 1931” e “Maior da Paraíba”. A estrela vermelha já foi usada em uniformes retrôs do clube, mas nunca como escudo oficial.
Outro ponto em debate entre SAF e Conselho é o nome Botafogo Futebol Clube. A SAF teme novos conflitos judiciais com o Botafogo-RJ, que possui registros ligados à sigla BFC e a escudos antigos. Internamente, discute-se a possibilidade de adotar “Belo” como nome oficial, mantendo o apelo regional. No entanto, há forte resistência à ideia entre conselheiros, que defendem a preservação do nome tradicional da agremiação.
O clube não possui atualmente nenhum escudo registrado em seu nome. A tentativa atual de formalizar a estrela vermelha busca, segundo a SAF, proteger a identidade do Botafogo-PB de questionamentos legais futuros e viabilizar a produção de materiais licenciados com maior segurança jurídica.