O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tornou público o que todo mundo já sabe. Isto é, na cartilha da família Bolsonaro, só tem lugar para eles – Bolsonaro & Filhos; os demais têm que se contentar com migalhas. É subserviência, ou sai do grupo.
A mais recente prova aconteceu nesta terça-feira (15). Eduardo Bolsonaro criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apenas – pasmem! – pelo fato de o gestor reunir-se com empresários para tratar do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros.
Eduardo classificou a postura do governador como “subserviência servil as elites”.
Eduardo defende que o Brasil anistie Jair Bolsonaro. Para o deputado licenciado, a tentativa de Tarcísio de negociar com empresários e membros da embaixada norte-americana esvazia esse plano.
Ah, então esse é o plano!?
Nesse contexto, tem outra prova cabal: a de que os Bolsonaro estão usando a ameaça de Trump como moeda de troca.
A imprensa nacional destaca que a chantagem de Trump acirrou a disputa que ocorre nos bastidores entre Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.
Eleições 2026
É inegável que a eleição presidencial de 2026 é o pano de fundo da disputa. Explica-se: Eduardo quer ser indicado como sucessor do pai, no entanto sabe que Tarcísio desponta como favorito dos partidos do Centrão e do empresariado.
Posturas diferentes
Tarcísio revela prudência ao discutir a questão da tarifa de Trump, inclusive, tenta abrir um canal com o governo americano através da embaixada no Brasil, apresentando dados e informações técnicas para ajudar na reversão da medida.
Para o governador, a prioridade é evitar danos à economia brasileira. As tarifas afetam setores específicos da indústria e do agronegócio, principalmente no estado de São Paulo.
Eduardo Bolsonaro, por sua vez, defende que o foco do bolsonarismo deveria ser responsabilizar o Supremo Tribunal Federal (STF) pela medida, apelidada por ele de “Tarifa Moraes”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes.
Moeda de troca
Para o deputado licenciado, antes de qualquer tentativa de negociação com os americanos, é preciso exigir uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, que beneficiaria seu pai, os demais acusados pela tentativa de golpe de Estado e os presos pelo 8 de janeiro.
Última
Bolsonaro nunca se preocupou em formar lideranças, mas sim sub-lideranças. Afora os Bolsonaro, todos devem se comportar como servis, podendo ocupar cargos e posição apenas e tão somente para um único projeto, com foco único: Bolsonaro ou um dos seus filhos.
Fora disso, a pessoa passa a ser ex-aliado, traidor, etc.