Em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (14), o presidente da Câmara Federal, deputado Hugo Motta, afastou a possibilidade de aprovar um projeto de anistia que beneficie envolvidos nos atos do 8 de janeiro, em especial os auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro, que são acusados de planejar os assassinatos de autoridades.
“Pelo menos com quem eu converso, não vejo clima para anistiar quem planejou matar pessoas. Há, sim, uma preocupação com penas exageradas, e talvez um projeto alternativo tenha um ambiente melhor entre partidos de centro” disse o presidente.
De acordo com inquérito da Polícia Federal, um documento apreendido durante as investigações intitulado “Punhal verde amarelo” descreve como deveria ser executado o plano de assassinato, que previa uso de armamento pesado e a possibilidade de envenenamento dos alvos.
A investigação aponta o general do Exército Mário Fernandes, então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, como responsável por sua elaboração. A apuração cita ainda que cópias do arquivo foram impressas no Palácio do Planalto e levadas para uma reunião no Palácio da Alvorada, onde estava Bolsonaro.