O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, pode voltar a concorrer ao cargo de presidente da República nas eleições de 2026. É o que aponta matéria da Folha de S. Paulo. Ciro comunicou à direção do PDT que está deixando o partido, após quase uma década de filiação, informa matéria da Folha. Ele avalia agora sua possível filiação ao PSDB ou ao União Brasil, com o objetivo de participar de uma candidatura de oposição ao PT no próximo ano.
Ciro entregou uma carta de desfiliação ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, formalizando sua decisão. No entanto, dirigentes do diretório nacional afirmaram que o pedido ainda não foi registrado oficialmente, mas consideram a saída do ex-presidenciável “uma questão de tempo
Ciro estava no PDT desde 2015 e concorreu duas vezes à Presidência pelo partido: em 2018, quando obteve o melhor desempenho da legenda desde Leonel Brizola em 1989, e em 2022, quando registrou apenas 3% dos votos, seu pior resultado.
Ciro Gomes, em declarações recentes, afirmou estar “infeliz” com a aproximação do PDT ao PT, tanto no governo federal quanto no Ceará.
Embora tenha cogitado se aposentar da política após a derrota em 2022, Ciro passou a discutir uma nova candidatura de oposição a Lula — seja em âmbito estadual ou nacional.
No Ceará, o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, aliado histórico de Ciro, também deixou o PDT e se filiou ao União Brasil, partido que tem se posicionado contra o PT no estado e é apontado como o destino mais provável do ex-ministro.
Outra possibilidade é um retorno ao PSDB, legenda pela qual Ciro foi eleito governador do Ceará em 1990 e onde mantém boa relação com o ex-senador Tasso Jereissati, figura ainda influente na sigla.