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Momento Agevisa ressalta importância de levar a campanha Outubro Rosa ao ambiente de trabalho

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blankNa semana em que se encerra a versão 2025 da campanha “Outubro Rosa”, a Agência Estadual de Vigilância Sanitária reservou as duas edições do informativo eletrônico Momento Agevisa, veiculado às terças e quintas-feiras em Cadeia de Emissoras comandada pela Rádio Tabajara, para orientar a população sobre a importância da realização de ações preventivas e de combate ao câncer de mama nos ambientes de trabalho.

A iniciativa foi parte integrante das ações desenvolvidas pelo Governo do Estado, dentro da campanha Outubro Rosa, para reforçar as ações preventivas ao câncer de mama no território paraibano. Conforme Geraldo Moreira de Menezes (diretor-geral da Agevisa/PB), quando está fora de seus locais de trabalho, em suas casas ou em outros ambientes da vida cotidiana, geralmente a maioria das pessoas busca entretenimento, e não informações sobre campanhas de saúde. “Por isso, é importante incentivar a prevenção ao câncer de mama com campanhas internas nas empresas. E normalmente esse tipo de iniciativa funciona bem, pois os trabalhadores acabam prestando mais atenção e absorvendo melhor as informações”, explicou.

Para falar sobre o tema aos ouvintes da Rádio Tabajara, o diretor Geraldo Moreira designou a gerente-técnica de Inspeção em Saúde do Trabalhador da Agevisa/PB, Sayonara Carlos da Silva Severo. Segundo ela, o Outubro Rosa pode se integrar de forma profunda à saúde ocupacional, transformando o ambiente de trabalho em um espaço vital de prevenção, conscientização e apoio integral para as mulheres. “A campanha é uma oportunidade de consolidar uma cultura organizacional que valoriza o bem-estar e a vida, não apenas durante o mês de outubro, mas ao longo de todo o ano”, observou.

blankSayonara ressaltou que as pessoas passam a maior parte do tempo em suas rotinas de trabalho e disse que as campanhas internas nas empresas normalmente geram bons resultados, favorecendo a que o ambiente corporativo seja um espaço adequado de conscientização sobre o câncer de mama.

“As empresas desempenham um papel estratégico na disseminação de informações sobre o câncer de mama e outras doenças, como o câncer do colo do útero, por exemplo. E, como grande parte da população feminina passa a maior parte do dia em seus empregos, o ambiente corporativo se torna um canal de comunicação privilegiado. E, neste ambiente, a conscientização eficaz não se limita a decorar o espaço, mas a criar uma plataforma de diálogo aberto e seguro. Portanto, ao abraçar o Outubro Rosa, a organização demonstra que se preocupa com o seu capital humano, reforçando a cultura de cuidado e segurança”, comentou.

Ações estratégicas – Conforme a gerente-técnica da Agevisa, a eficácia de uma campanha como o Outubro Rosa no ambiente de trabalho depende de ações bem estruturadas que gerem engajamento e impacto real.

“Mais do que apenas distribuir laços cor-de-rosa, as empresas podem implementar iniciativas que promovam o conhecimento e o autocuidado de forma prática. E aí podemos citar: a adoção de programas de educação continuada (durante o ano todo) sobre a prevenção, o diagnóstico precoce e a importância do autoexame e da mamografia; o estabelecimento de parcerias com instituições de saúde (através de convênios com clínicas e laboratórios) para facilitar o acesso a exames preventivos, como mamografias e Papanicolau; a adoção de políticas de flexibilização que permitam às funcionárias se ausentarem para consultas e exames médicos, sem prejuízo de suas atividades ou remuneração, e o estabelecimento de uma comunicação eficaz e acessível para compartilhar informações relevantes sobre o câncer de mama, desmistificando tabus e fornecendo orientações práticas sobre o autocuidado”, explicou.

Ações complementares – Nas entrevistas ao Momento Agevisa, Sayonara Severo disse que as Equipes de Saúde e Segurança do Trabalho podem ir além de decorações e palestras pontuais. “Elas podem implementar ações que realmente façam a diferença, como, por exemplo, convidar especialistas (oncologistas, ginecologistas e psicólogos) para capacitarem as mulheres trabalhadoras no monitoramento da própria saúde, com ênfase para o autoexame mamário, a prevenção, o diagnóstico precoce e a importância do autocuidado; criar espaços (Rodas de Conversas) para as mulheres poderem conversar abertamente sobre o tema, com suporte psicológico para lidar com o impacto emocional da doença, e organizar atividades nas quais todos os colaboradores (homens e mulheres) sejam incentivados a usar a cor rosa, criando um símbolo de solidariedade e apoio coletivo mútuo.

Benefícios e impacto social – De acordo com a gerente-técnica Sayonara Severo, o compromisso das empresas, sejam elas públicas ou privadas, deve ir além da prevenção, estendendo-se ao apoio integral durante e após o tratamento, considerando que o diagnóstico de câncer é uma experiência avassaladora e que o suporte do empregador nesse momento de extrema fragilidade pode fazer toda a diferença no processo de recuperação da mulher trabalhadora.

“Uma abordagem integral do Outubro Rosa na saúde do trabalhador resulta em benefícios duradouros que impactam positivamente a organização e a sociedade. E aqui nós estamos falando de fortalecimento da reputação positiva da empresa; do aumento da produtividade e do engajamento dos funcionários; da redução de custos associados a tratamentos complexos e longos períodos de afastamento de trabalhadores, e à criação de uma cultura de empatia que promove um ambiente de trabalho mais humano e solidário, onde a fraternidade e o apoio mútuo se tornam valores compartilhados por toda a equipe”, enfatizou.

Sayonara observou ainda que, ao abraçar de forma integral a saúde do trabalhador no Outubro Rosa, as empresas não apenas cumprem um papel social, mas também se fortalecem como organizações mais justas, humanas e sustentáveis, investindo no ativo mais valioso de qualquer negócio, que são as pessoas.

Saiba mais

O movimento Outubro Rosa foi criado internacionalmente no início da década de 1990 e é realizado anualmente no período de 01 a 31 de outubro. A campanha, segundo Sayonara Severo, corresponde a um período especial do ano destinado a intensificar o compartilhamento de informações e promover a conscientização da sociedade em geral sobre a doença e, também, a proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento do câncer e contribuir para a redução da mortalidade.

No Brasil, as atividades relacionadas à campanha foram dispostas pela Lei nº 13.733, de 16 de novembro de 2018, que relacionou, em seu art. 1º, quatro atividades principais para conscientização sobre o câncer de mama a serem realizadas durante todo o mês de outubro, sem prejuízo de outras que forem julgadas necessárias pelos gestores dos órgãos e poderes públicos. “As ações relacionadas são (I) iluminação de prédios públicos com luzes de cor rosa. (II) promoção de palestras, eventos e atividades educativas, (III) veiculação de campanhas de mídia e disponibilização, à população, de informações em banners, folders e outros materiais ilustrativos e exemplificativos sobre a prevenção ao câncer, que contemplem a generalidade do tema, e (IV) realização de atos lícitos e úteis para a consecução dos objetivos da campanha”, explicou Sayonara.

Outubrinho Rosa – Conforme a gerente-técnica da Agevisa, Sayonara Severo, desde o ano passado, quando foi publicada a Lei nº 15.009/2024, a Lei 13.733/2018 ganhou o art. 1º-A, que instituiu o “Outubrinho Rosa”, destinado à promoção de discussões envolvendo especialistas e meninas de até quinze anos de idade acerca das medidas de prevenção e tratamento do câncer de mama.

“Dentro do Outubrinho Rosa, a Lei 15.009/2024 incluiu no Outubro Rosa a realização de campanhas de conscientização, com distribuição de material informativo, sobre a importância da adoção de hábitos saudáveis para a prevenção de doenças, do diagnóstico e tratamento precoces de condições de saúde de meninas de até quinze anos, nos termos de regulamento, e da vacina contra o papilomavírus humano (Human Papillomavirus – HPV); a capacitação dos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre a importância da disponibilização (a meninas de até quinze anos) de serviços e procedimentos ligados à prevenção de fatores de risco para doenças na vida adulta, e a formação e capacitação contínuas dos recursos humanos em saúde que lidam com meninas de até quinze anos de idade”, acrescentou.

Principais sintomas – O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. No Brasil, a doença também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres, sendo que as maiores taxas de incidência e de mortalidade estão relacionadas às regiões Sul e Sudeste do País.

Quanto aos sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama, os principais são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos.

Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas.

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Valter Nogueira

Valter Nogueira de Amorim, jornalista profissional, é o editor-chefe do blog. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (1988). Atuou nos principais jornais impressos do Estado, tais como A União, O Momento, Correio da Paraíba e O Norte. No campo administrativo, foi secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Rita (1997-2005), assessor de Imprensa da Prefeitura de Pedras de Fogo (2008). Exerceu, também, o cargo de gerente de Comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba, no período de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019. No período de maio de 2024 a março de 2025, Valter Nogueira respondeu pela ASCOM do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.