O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o candidato preferido da direita a presidente da República nas eleições de 2026, com apoio integral e robusto do grupo empresarial que movimenta o mercado financeiro do país. A elite brasileira – em especial, o empresariado – fez a leitura correta da situação há meses, ciente de que o bolsonarismo é página virada.
Tarcísio de Freitas representa o neoliberalismo, com ações concretas no Governo de São Paulo voltadas à redução do papel do estado.
Não Por acaso, o Partido dos Trabalhadores, atento aos movimentos, já se manifesta ante tal situação.
Na última segunda-feira (8), os principais veículos de comunicação do país publicaram matérias destacando a aprovação de uma resolução do Diretoria Nacional do PT, por meio da qual o partido prescreve várias orientações aos militantes com vista as eleições do próximo ano.
Entre as diretrizes, o documento alinha o discurso eleitoral do partido para o período pré-eleitoral e sinaliza que o principal foco será o governador Tarcísio de Freitas.
De acordo com o texto, o partido deixa de lado a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) – sem condições de decolar – e passa a mirar diretamente Tarcísio de Freitas, indicando o gestor paulista como principal representante de um projeto neoliberal, principal opositor do governo Lula e principal adversário do PT em 2026.
Em um dos trechos, o texto afirma: “O Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se destaca como principal interlocutor do projeto neoliberal e privatista, transformando São Paulo em um laboratório de redução do papel do Estado, de entrega de bens públicos e de enfrentamento ideológico ao governo federal”.
Flávio Bolsonaro
A candidatura de Flávio Bolsonaro não decola, ponto. Foi lançada como que um produto no mercado político; uma jogada desesperada do clã Bolsonaro ante o visível afundamento do bolsonarismo. Em outras palavras, é uma mercadoria de barganha: negociar mais à frente.
Em razão da realidade dos fatos, a grande imprensa já noticia que o entorno de Tarcísio de Freitas pede que o gestor paulista se afaste gradualmente da imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro e do bolsonarismo, para seguir um caminho próprio rumo às eleições presidenciais de 2026.
A expectativa do grupo ‘tarcisista’, por assim dizer, é de que Flávio Bolsonaro, diante da realidade adversa, anuncie em tempo oportuno a desistência da candidatura a presidente, abrindo assim caminho – sem traumas internos – para a candidatura de Tarcísio ao Palácio do Planalto.
Resumo
O nome de Tarcísio passa a ser o ‘calcanhar de Aquiles’ do PT.
Por Valter Nogueira