Após reprimenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre antecipação de programas, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), afirmou que Lula está certo, reconhecendo que “realmente era melhor” que a Casa Civil tivesse participação no Voa Brasil, mas ponderou que a iniciativa partiu das empresas aéreas e que a Gol e Azul já “toparam. Isto é, sinalizaram favorável ao projeto.
O projeto em questão prevê venda de passagens aéreas a R$ 200 para estudantes, aposentados e servidores com renda até R$ 6,8 mil.
A declaração do ministro França foi dada em primeira mão pelo jornal O Estadão – versão online.
De acordo com O Estadão, o ministro foi questionado sobre o episódio ao chegar no lançamento da Frente Parlamentar de Portos e Aeroportos (FPPA). Segundo França, Gol e Azul já “toparam” participar, apesar de dizer que a proposta teria surgido das companhias aéreas. “Elas estão formatando as ideias de como vão propor isso. Pelo menos duas toparam já, a Gol e a Azul, e tenho certeza também que a Latam vai topar”, disse.
Perguntado se não havia se precipitado ao anunciar o Voa Brasil, França disse que apresentou o programa internamente durante a reunião ministerial realizada na última sexta-feira por Lula. “Falei sobre esse assunto. Em reunião com 50 pessoas, é claro que não ficaria reservado para mim”, disse o ministro. Ele disse que há um “erro” de interpretação sobre o programa, que, segundo ele, não é do governo, mas das empresas.
Financiamento
O ministro informou ainda que não haverá subsídio do governo, e que o financiamento do parcelamento da passagem não necessariamente precisa sair de um banco público, como a Caixa. “Pode ser da Caixa, pode não ser. Pode ser de banco privado, que também faz isso. Para aposentado, pensionista”, declarou.
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