A atual diretoria do Esporte Clube Cabo Branco tornou público uma suposta irregularidade promovida na gestão do então presidente Antônio Toledo, que envolve a venda “irregular” de parte do terreno da agremiação esportiva para a construtora Colméia. A denúncia foi feita durante coletiva de imprensa, realizada na manhã desta sexta-feira (12), na sede do clube, em João Pessoa.
De acordo com o presidente do Clube, Jeová Colaço, a área em questão está localizada por trás das quadras de tênis e teria sido negociada por R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais), no ano de 2012. “No entanto, do total, apenas 300 mil entrou na conta do clube”, informou o presidente.
Informações extraoficiais dão conta que o restante do dinheiro – seis milhões e setecentos mil – seriam pagos em forma de permuta: repasse de apartamento após construção de um prédio na referida área.
Ação
Recentemente, a direção do clube foi pega de surpresa com uma prolação de reintegração de posse expedida pelo juízo da 8ª Vara Cível da Comarca da Capital, acatando assim ação movida pela construtora.
O advogado José Carlos Fernandes informou que o Clube vai recorrer da decisão. Ele explicou que não pode ter reintegração de posse, vez que não há posse, já que o terreno é da agremiação esportiva.
José Carlos explicou, também, que a venda está envolta de irregularidades, sem prova documental. “O processo de venda teria sido feito no cartório de Caaporã. No entanto, a escritura pública de compra e venda do imóvel foi dita como extraviada pelo cartório de Caaporã”, destacou José Carlos.
Em nota, a diretora afirma:
“Apesar do revés, o Esporte Clube Cabo Branco tem plena confiança na Justiça e firme convicção que esse quadro irá se reverter nas instâncias superiores sobre essa injusta decisão”.
Muro
Para agravar o imbróglio, trabalhadores da citada construtora entraram no clube e construíram um muro, cercando a área supostamente adquirida. Tal realidade surpreendeu diretores e sócios do Clube Cabo Branco.