A prisão do padre Egídio de Carvalho e das ex-diretoras do Hospital Padre Zé, em João Pessoa (PB), foi exibida na edição nacional do Jornal da Band, na noite desta sexta-feira (17). Na matéria, a TV Band destaca o fato do religioso não ter falado com a imprensa, realidade que ocorre desde quando o escândalo veio à tona.
A reportagem mostrou o prédio de luxo em que o padre tem um apartamento e imagens aéreas da granja do religioso, no município de Conde, na região metropolitana de João Pessoa.
A matéria citou, também, a prisão de Amanda Duarte e Jannyne Dantas, ex-diretoras do Hospital Padre Zé,
O padre Egídio de Carvalho e as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte e Jannyne Dantas, foram presos na manhã desta sexta-feira (17). O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Civil cumpriram mandado de prisão expedito pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).
Prisão
A prisão de Padre Egídio e das ex-diretoras foi determinada pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba. A decisão atende a um pedido do Ministério Público/GAECO-PB, que investiga a prática de lavagem ou ocultação de bens ou valores (artigo 10 da Lei no 9.613/98), peculato (artigo 31 do CP) e falsificação de documentos públicos e privados (artigos 297 e 298 do CP), bem como organização criminosa (artigo 2° da Lei nº 12.850/2013).
Ilícitos
Os atos ilícitos que são investigados são relacionados a desvios de recursos provenientes de programas sociais essenciais, como da distribuição de refeições a moradores de rua, amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o ENEM, cuidados de pacientes com HIV/AIDS, entre outros.
A investigação aponta ainda que os desvios comprometeram o atendimento a populações carentes e necessitadas atendidas pelo Hospital Padre Zé.
No início do mês de outubro foi deflagrada a Operação Indignus, pela força-tarefa formada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba e forças de segurança do estado. Na primeira fase foram cumpridos mandados de busca e apreensão em vários imóveis que seriam de propriedade do padre Egídio, mas que teriam sido adquiridos com dinheiro desviado.
Nos endereços, foram observados vários itens de luxo, como um fogão avaliado em R$ 80 mil, várias caixas de vinho importado, além de lustres e 30 cães da raça Lulu da Pomerânia.