O empresário Luciano Hang afirmou que não vai participar do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista, informa o Estadão. Ele disse que não participará de nenhuma agenda política e está “100% focado” nas atividades empresariais.
O dono da rede de lojas Havan revela posição diferente de outros aliados do ex-presidente. Estes, justificaram a ausência informando compromissos oficiais e viagens internacionais.
A matéria destaca que Luciano Hang viu sua popularidade aumentar desde 2018, quando começou a apoiar Bolsonaro, então candidato à Presidência. De lá para cá, a ligação com o político rendeu consequências negativas ao catarinense, com desdobramentos judiciais.
A mais recente consequência foi a condenação ao pagamento de R$ 85 milhões em indenização por coagir funcionários a votarem em Bolsonaro naquele ano.
Pressão
A decisão da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, da qual Hang afirmou que vai recorrer, foi fruto de uma denúncia do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o empresário, por ele ter ameaçado fechar as suas lojas caso o então candidato Bolsonaro perdesse a eleição para o candidato do PT à época, Fernando Haddad.
De acordo com MPT, o empresário fez com que os funcionários respondessem a questionamentos internos sobre em qual dos presidenciáveis votariam no pleito.