Por Valter Nogueira

Na condição de aprendiz de articulista, fui instigado a tecer comentário, em forma de artigo/análise, sobre recente declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que o mandatário revela intenção de fazer – se pudesse – um decreto contra a mentira. E assim me lancei ao desafio.
A rigor, não há nada de mais na declaração do presidente. Apenas, talvez, indignação ante às mentiras e Fake News disseminadas ultimamente no país.
No entanto, o presidente peca porque cita algo, mas sem apontar ninguém, ou segmento mentiroso, por exemplo. Em outras palavras, não dá nome aos bois – como se diz no popular.
Seria recomendável ao presidente fazer, no mínimo, um parêntese, destacando, talvez, que estava se referindo às Fakes News, por exemplo. Em paralelo, seria também recomendável a Lula enfatizar que não estaria falando de todos os brasileiros, mas, apenas, de parte. Como não o fez, a impressão que fica é que colocou todos os brasileiros na mesma vala – a da mentira.
A propósito do tema, onde está a mentira? No povo brasileira, com raríssimas exceções? Em alguns segmentos? Seria a seara política, quem sabe, a morada da mentira?
Outra questão que merece atenção, e análise, é quando o presidente diz: “Quem mentir vai ser preso.”
Nesse diapasão, não iria ter cadeia para guardar tanta gente! Pesquisa aponta que a maioria dos brasileiros confessou te mentido na vida, ao menos uma vez.
Por fim, Lula acerta, em parte, ao declarar: “Porque a gente não pode viver subordinado à mentira, subordinado à maldade, subordinado à intriga”.
É verdade! Ninguém pode viver subordinado a tais coisas. No entanto, eu disse que o acerto ocorreu em parte.
Explico:
Na declaração, Lula precisa ser mais claro. Isso porque a afirmação não partiu de um cidadão qualquer, mas sim de um presidente da República. Por essa razão, é possível afirmar que, quando um presidente faz declarações, logo questionamentos vêm à cabeça do povo.
No caso, a afirmação do presidente suscita, no mínimo, uma questão: “quem está vivendo subordinado à mentira, à maldade e à intriga?
A um presidente, é recomendável medir e pesar as palavras a serem ditas em público.
Última
Mentira não se combate com decreto, mas sim com educação, com exemplos, com lições de valores – é questão de berço!