Nesta segunda-feira (16), trabalhadores da construção civil em João Pessoa iniciaram uma greve por tempo indeterminado em protesto contra o descumprimento de cláusulas acordadas em abril com as empresas do setor. A paralisação foi aprovada em assembleia no domingo (15) pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Pesada e do Mobiliário (Sintricom-JP).
Entre os pontos descumpridos, os trabalhadores citam o reajuste salarial de 7,51% e melhorias na alimentação oferecida nos canteiros de obras. O acordo previa reforço no café da manhã e a inclusão de fubá e uma lata de sardinha na cesta básica. Também havia previsão de inclusão de uma rapadura na cesta a partir de 2026.
Durante a assembleia, os operários rejeitaram as propostas apresentadas pelo Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado da Paraíba (Sinduscon-PB). “Infelizmente, após várias tentativas hoje, saímos com a greve mantida para amanhã nos canteiros. Não chegamos a um acordo e vamos continuar mantendo a greve”, afirmou o presidente do Sintricom-JP, Francisco Demontier.
Além dos itens econômicos e alimentares, os trabalhadores denunciam tentativas de mudanças na jornada de trabalho, atualmente fixada de segunda a sexta-feira. A possível alteração não teria sido debatida previamente com a categoria.
A greve construção civil deve afetar o andamento de diversas obras públicas e privadas na capital paraibana. O Sintricom-JP ainda não divulgou o número de frentes de trabalho atingidas pela paralisação.