Na última segunda-feira (30), as Forças de Defesa de Israel (IDF) admitiram, pela primeira vez, ter matado civis palestinos nas filas dos centros de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza (FHG). Resultado da investigação iniciada no último dia 27 de junho, Tel Aviv reconheceu que houve mortos e feridos, mas afirmou que o grupo terrorista Hamas divulga números exagerados.
O Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, relatou ao menos 58 mortes em mais uma onda de ataques israelenses. Até o fim da última semana, o órgão contabilizou pelo menos 549 mortos, 3.799 feridos e outros 39 desaparecidos.
No mesmo período, órgãos da ONU – sem verificação in loco devido às dificuldades logísticas- confirmaram a veracidade e falaram em ao menos 410 mortes nessas circunstâncias.
As forças de Tel Aviv abriram uma investigação na sexta para apurar se militares do país atiraram contra palestinos desarmados nas filas da FHG depois que uma reportagem do jornal israelense Haaretz ter divulgado que ouviu de soldados e oficiais em Gaza que havia ordens superiores para disparar contra civis, mesmo quando não havia situação clara de risco.