A semana começa com foco voltado para Nova York, precisamente para a Assembleia Geral das Nações Unidas, que mira o futuro dos palestinos e da Faixa de Gaza. A previsão é de que mais de 140 líderes mundiais irã participar do evento.
Antes mesmo do encontro anual de chefes de Estado e de Governo começar, o evento já rende notícias que movimenta o mundo: o presidente palestino, Mahmoud Abbas, foi barrado de entrar nos Estados Unidos e não vai participara da reunião presencialmente.
Washington negou o visto americano a Abbas. No entanto, a Assembleia Geral autorizou, na última sexta-feira (19), que Abbas participe do encontro por videoconferência.
A atual situação humanitária no devastado território palestino dominará os debates, dois anos após o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Arábia Saudita e França copresidirão reuniões a partir desta segunda-feira (22) sobre o futuro da “solução de dois Estados”. A ideia é buscar alternativa em que as duas partes coexistam em paz lado a lado.
Perspectiva – O reconhecimento formal de um Estado palestino por vários países. É o que o mundo espera, especialmente a França, após a esmagadora adoção na semana passada pela Assembleia Geral de um texto que apoia um futuro Estado palestino – sem o Hamas no poder.
Analista internacionais definem o projeto como um gesto “simbólico”, que pode ter significado real desde que os países que reconhecem a Palestina continuem com ações adicionais para pressionar Israel a encerrar sua campanha em Gaza.
Contraponto – Por outro lado, há também a perspectiva para o risco de represálias e uma “escalada” por parte do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que discursará na Assembleia Geral. Netanyahu já afirmou veementemente que não haverá um Estado palestino enquanto ele estiver no poder.
Por Valter Nogueira