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Banco Mundial aponta o Nordeste como vetor de desenvolvimento regional e nacional

A região, com 54 milhões de habitantes — 80% deles em idade ativa —, oferece um dos maiores e mais dinâmicos contingentes de mão de obra do Brasil.

O Banco Mundial coloca o Nordeste no centro do debate sobre o desenvolvimento regional e, também, do Brasil. Recente relatório da instituição, intitulado “Rotas para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão”, afirma que a região tem papel fundamental no progresso e na prosperidade do país.

O Estudo, divulgado no dia 3 de dezembro do ano em curso, descreve como a região pode desenvolver seu potencial e gerar empregos ao adotar um modelo de crescimento mais dinâmico.

O relatório destaca que, com 54 milhões de habitantes — 80% deles em idade ativa —, a região oferece um dos maiores e mais dinâmicos contingentes de mão de obra do Brasil.

Protagonismo no campo das energias renováveis também é destaque do estudo, ao reportar que o Nordeste também impulsiona a transição energética do Brasil, produzindo 91% da energia eólica do país e 42% da energia solar. Isso dá à região a oportunidade de promover um crescimento industrial mais rápido e sustentável e aproveitar oportunidades em setores emergentes, como o hidrogênio verde.

O relatório examina estratégias para reduzir as desigualdades históricas do Nordeste em relação às regiões mais ricas do Brasil, tornar a economia menos dependente da agricultura e promover o aumento da produtividade nos setores urbanos, incluindo manufatura e serviços.

“Ao ajudar as empresas a melhorarem, investir nas pessoas e modernizar a infraestrutura, podemos aumentar a produtividade da economia e criar mais e melhores empregos. Isso ampliará as oportunidades de mobilidade social da população”, disse Cécile Fruman, diretora do Banco Mundial para o Brasil.

Forças para impulsionar a mudança

Para ajudar a região a alcançar seu pleno potencial, o relatório aponta três frentes principais de ação.

blankEmpregos – A criação de empregos é o caminho mais seguro para sair da pobreza, mas as taxas de desemprego e informalidade no Nordeste, entre 2012 e 2022, foram de 12% e 52%, respectivamente, superiores às de outras regiões do Brasil. Investir nas pessoas e ampliar oportunidades significa ampliar a oferta de capacitação para que os trabalhadores adquiram habilidades.

O relatório recomenda aprimorar os sistemas de intermediação de mão de obra para conectar pessoas a vagas, além de focar em indústrias em crescimento, como manufatura e serviços, para oferecer empregos de melhor qualidade. Também propõe a criação de políticas para apoiar mulheres e grupos marginalizados, tornando o mercado de trabalho mais inclusivo. A taxa de participação feminina na força de trabalho do Nordeste é de apenas 41%, em comparação com 52% no restante do país.

Melhoria do ambiente de negócios – Para estimular o empreendedorismo e atrair investimentos, a publicação recomenda simplificar procedimentos de abertura de empresas e rotinas administrativas; fomentar a concorrência; e reduzir a dependência de subsídios fiscais que tendem a diminuir a produtividade e concentrar mercados, promovendo, assim, a concorrência justa e a inovação.

Infraestrutura – Acelerar a modernização da infraestrutura e conectar comunidades exigirá investimentos em rodovias, ferrovias e redes digitais; melhorias em água e saneamento. Também será necessário assegurar planejamento cuidadoso e fiscalização para que os projetos tenham impacto positivo. Para ajudar a financiar e executar grandes projetos, o relatório incentiva a participação do setor privado por meio de parcerias bem desenhadas.

Nordeste e Brasil

Ao destacar o papel do Nordeste na economia nacional, o Banco Mundial aponta que o fortalecimento da região é estratégico para o crescimento do Brasil como um todo.

O estudo diz que a adoção das recomendações pode contribuir para aumentar a produtividade, ampliar o mercado de trabalho formal e promover maior inclusão social.

Por fim, o Banco declara que o estudo “Rotas para o Nordeste” surge, assim, como um guia para orientar políticas públicas e investimentos nos próximos anos, colocando a região como protagonista de uma nova agenda de desenvolvimento baseada em planejamento, diversidade territorial e valorização das pessoas.

Ranking regional

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fortaleza é a cidade mais rica do Nordeste, o município com o mais alto PIB da Região, seguida por Salvador, Recife e São Luís. No quarto lugar geral, Camaçari (BA) é município mais rico que não é uma capital na região. Já Feira de Santana (BA) é o município mais rico do interior da região.

Confira o ranking

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Fonte: Banco Mundial/Agência Brasil

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Valter Nogueira

Valter Nogueira de Amorim, jornalista profissional, é o editor-chefe do blog. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (1988). Atuou nos principais jornais impressos do Estado, tais como A União, O Momento, Correio da Paraíba e O Norte. No campo administrativo, foi secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Rita (1997-2005), assessor de Imprensa da Prefeitura de Pedras de Fogo (2008). Exerceu, também, o cargo de gerente de Comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba, no período de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019. No período de maio de 2024 a março de 2025, Valter Nogueira respondeu pela ASCOM do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.