“Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia…”. A frase, extraída da música ‘Como uma onda”, do cantor e compositor Lula Santos, cai como uma luva para explicar a atual situação dos Correios – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Em outras palavras, a empresa, que no passado era basicamente a única a operar no ramo de serviço postal, hoje caminha na contramão da eficiência a partir da ineficiência estatal, ingerência política e concorrência do setor privado.
Em tempos idos, a empresa dava lucro até mesmo com os desvios de dinheiro não tornados públicos. É que, no país, só existia os Correios: entrega de cartas, encomendas, ordem de pagamentos etc.
A presente análise não tem a intenção de mostrar os erros, a corrupção, enfim, todo o desalinho que ao longo do tempo empurrou a empresa para a atual situação. O foco é analisar o presente. Ou seja, partir do presente para projetar o futuro.
Nessa toada, é preciso entender que o tempo mudou; o mundo não gira, capota…
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos atua principalmente no serviço postal, que inclui a entrega de correspondências, cartões postais e encomendas.
Acontece que empresa do tipo não se encaixa mais no modelo estatal, até porque esse tipo de serviço foi absorvido por empresas da iniciativa privada, que se encaixaram melhor aos moldes da era digital, do dinamismo do novo setor de serviços.
A título de exemplo, é possível citar a dinâmica da empresa Mercado Livre, com estrutura e logística impressionantes.
Por tudo que é real hoje, no ramo em questão, não há outra saída para os Correios senão a privatização – rimou!
Nesse diapasão, tudo aponta para um erro cometido pelo atual governo ao lançar mão de um empréstimo bilionário para tentar salvar os Correios. Ao que tudo parece, é empurrar o problema para frente…
Empréstimo
A propósito, o Ministério das Comunicações – a quem a empresa é vinculada – publicou no sábado, dia 27 de dezembro de 2025, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o extrato do empréstimo de R$ 12 bilhões para os Correios. A justificativa é de que o dinheiro será usado para a reestruturação econômico-financeira da estatal.
Última
Até prova em contrário, o empréstimo para os Correios soa como “remendar roupa velha com pano novo”.
Por Valter Nogueira