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Covid na PB: Preocupados com a transmissibilidade, especialistas pedem prudência quanto a festividades de fim de ano

Apesar dos esforços para se ter uma boa cobertura vacinal contra a Covid-19, há uma preocupação com o aumento da transmissibilidade do vírus na Paraíba. Devido a isso, especialistas pedem prudência quanto a festividades neste final de ano.

Segundo o infectologista Fernando Chagas, é preciso observar bem os próximos 15 dias porque houve um aumento no índice de transmissibilidade, que deveria estar se mantendo ou caindo.

“No interior da Paraíba estamos com 1.57, ou seja, cem pessoas estão transmitindo para 157 outras pessoas”, frisou o especialista.

O médico alertou que é preciso ter cautela quanto às festas porque “ainda existe uma quantidade grande de pessoas sem a segunda dose, outra precisando de reforço e muitas sem nenhuma dose. Então ainda há uma população muito grande exposta ao vírus, à doença e à forma grave dela”.

Fernando Chagas orienta que é bom evitar eventos de grande porte, aberto ao público. “É diferente de eventos em ambiente fechado onde pode-se exigir medidas como a comprovação da vacinação, exame prévio, o uso de máscaras, etc. Em festas abertas não tem como se controlar isso. O risco é bem maior”, afirma.

blankA infectologista Joana D’Arc Frade compartilha da mesma opinião.

“Não é o momento de se realizar grandes eventos. Eles não devem ser permitidos porque ainda temos uma taxa de transmissão alta. Há grande possibilidade de, nesses eventos, surgirem variantes do vírus, pois várias pessoas vão sendo contaminadas e o vírus vai se modificando”, explica.

Em eventos de médio porte, para que se diminua a possibilidade de transmissão, a especialista diz que o ideal é usar o passaporte da vacinação (ou seja: os não imunizados não podem participar) e um outro critério importante é a realização de testes rápidos em até 48 horas antes do evento.

“Nessas festas, dificilmente as pessoas irão manter o uso da máscara o tempo inteiro, até porque vão beber, comer e se aproximar mais uma das outras”, lembra.

Megaoperação

Fernando Chagas acredita que é preciso uma megaoperação no país para avançar mais na cobertura vacinal, assim como também para vacinar quem está com uma só dose.

“Só na Paraíba existem 453 mil pessoas precisando da segunda dose. Mais de 300 mil precisando da dose de reforço. É um quantitativo que pode estar exposto. Precisa ampliar isso pra ontem e as pessoas tomarem o mínimo de cuidado e evitar os excessos”, finaliza.

No último dia 10, quando esteve aqui na Paraíba, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mencionou sobre a possibilidade de desobrigar o uso de máscaras até o Natal. O comentário foi motivo de alegria para alguns e preocupação para outros, afinal, a pandemia não acabou.

blankO que diz a OMS

A situação da Covid-19 foi recentemente agravada em alguns países antes estabilizados, a exemplo da Alemanha, Áustria, Dinamarca, França e o Reino Unido e, devido a nova onda da doença, eles voltaram a ter restrições. Diante disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a batalha de países europeus contra a doença é uma “chamada de alerta” para o resto do mundo, uma vez que o vírus continua circulando.

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Valter Nogueira

Valter Nogueira de Amorim, jornalista profissional, é o editor-chefe do blog. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (1988). Atuou nos principais jornais impressos do Estado, tais como A União, O Momento, Correio da Paraíba e O Norte. No campo administrativo, foi secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Rita (1997-2005), assessor de Imprensa da Prefeitura de Pedras de Fogo (2008). Exerceu, também, o cargo de gerente de Comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba, no período de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019. No período de maio de 2024 a março de 2025, Valter Nogueira respondeu pela ASCOM do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.