O clima esquentou na Assembleia Legislativa da Paraíba, nesta terça-feira (5), entre os deputados Cabo Gilberto Silva (PL) e o deputado Lindolfo Pires. O entrevero entre os dois parlamentares levou o deputado Tião Gomes, que presidia os trabalhos, a encerrar a sessão.
A discussão entre os dois parlamentares começou a partir de uma intervenção de Lindolfo na fala do Cabo Gilberto, que criticava o atual governo, em especial o secretário de Comunicação do Estado. Ele, que é líder da oposição, discursava na tribuna da Casa Epitácio Pesssoa sobre emenda apresentado a um projeto de autoria da colega Pollyanna Dutra, que tratava sobre violência doméstica. No ensejo, começou a criticar o governo, mas se exaltou ao ser interrompido por Lindolfo Pires, parlamentar governista.
Em ato contínuo, Cabo Gilberto considerou a fala de Lindolfo como um “intrometimento” indevido, já que não tinha concedido aparte ao colega.
As discussões se acirraram entre os dois deputados, a ponto de Gilberto pedir respeito a Lindolfo, lembrando a este que era o Cabo Gilberto quem estava com a palavra e, por essa razão, exigiu respeito.
“O senhor me respeite, que estou com a palavra. Os deputados do governo são assim, quando não aguentam a verdade, tentam interromper a nossa fala. Quero dizer que não tenho medo de nenhum deputado, enfrento qualquer um aqui, no discurso, ou de qualquer forma”, finalizou.
Pequeno expediente
Antes, porém, no pequeno expediente, Cabo Gilberto Silva (PL) havia chamado o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) de “ladrão” e “bandido”. Ele atribuiu ao ex-governador a responsabilidade pelos problemas enfrentados pela PM da Paraíba.
“Bandido tem que ser chamado de bandido mesmo, ache ruim quem achar”, afirmou o parlamentar. Ele afirmou que os policiais irão lavar a calçada do comando geral para dar as boas vindas ao novo comandante. “Tirar o enxofre do comando geral”, afirmou.
Reação
A declaração do líder da oposição causou a reação do deputado Jeová Campos, líder do PT na ALPB. Jeová saiu em defesa do companheiro de partido. Ele pediu para retirar as “expressões ofensivas” utilizadas pelo oposicionista ao se referir a Ricardo.
“A língua dele é solta para ofender a honra dos outros. Ricardo não foi julgado em nenhum instância. Ricardo responde a processos, mas o princípio da inocência, que a ele é assegurado esse direito de não ser tratado com ofensa tão grave como fez aqui o cabo Gilberto”, disse Jeová.