Por Valter Nogueira
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) terá dificuldade para emplacar junto ao eleitorado paraibano a sua provável candidatura a senador, nas eleições deste ano. Dificilmente será eleito, até porque a maioria do eleitor não digere bem a ideia de colocar no Senado mais um membro do Clã Ribeiro.
– Não é demais para uma família só? Esta é a pergunta que ressoa nas ruas, nas esquinas, nos mercados, bares e restaurantes Paraíba afora.
Os Ribeiro já têm Daniella no Senado; e com quatro anos de mandato pela frente.
Aguinaldo enfrenta problemas para emplacar uma candidatura competitiva. Aliados de peso do governador João Azevêdo, leia-se Republicanos, não querem votar em Aguinaldo Ribeiro para senador, até porque já hipotecaram apoio à pré-candidatura de Efraim Filho (União Brasil).
É do conhecimento de todos que Aguinaldo só entra com uma condição: a certeza de que terá apoio de todos os aliados de João Azevêdo. Isto é, não entra em bola dividida.
Nesse particular, a coisa tá difícil…
Dilema
Nesse imbróglio, a batata quente cai nas mãos do governador João Azevêdo, que terá prela frente algo tipo “escolha de Sofia”.
Se ficar com Aguinaldo, estará ciente de que terá um candidato pesado para levar nas costas. Terá de fazer um esforço hercúleo para convencer o eleitor a votar em mais um Ribeiro para o Senado.
Deve ter ciência também de que, ao colocar Aguinaldo na vaga de senador, estará empurrando o Republicanos para os braços de Pedro Cunha Lima.
Na atual conjuntura, a Aguinaldo, a vaga de vice na chapa de João seria mais plausível.
Terno
O paletó de senador ora na vitrine da pré-campanha não cabe no corpo de Aguinaldo. Carece de ajustes e, neste particular, precisa de um exímio alfaiate para tal costura.