Em entrevista à TV Arapuan, o deputado federal Efraim Filho e pré-candidato ao Senado pelo União Brasil declarou nesta quinta-feira (21) que a sua campanha não terá foco no enfrentamento ao Governo do Estado, mesmo estando na chapa opositora de Pedro Cunha Lima (PSDB). Ele disse que se empenhará na própria disputa, enquanto o colega de chapa debaterá o Governo.
No entanto, Efraim descartou uma reaproximação com a base governista, destacando que seria ‘tapa burado’, após Aguinaldo Ribeiro (PP) decidir disputar a reeleição à Câmara Federal.
Enfrentamento
“Pedro é o candidato ao Governo e ele fará um enfrentamento ao Governo. O meu foco é na disputa ao Senado e estarei focado no Senado. Claro, conduzindo uma estratégia que seja conjunta, comum, compartilhada com Pedro, mas o foco da disputa no Governo é com Pedro, o meu foco será a disputa ao Senado”, ressaltou.
Efaim Filho disse, ainda, acreditar que o caminho que poderia ser feito ao lado do Governo foi tentado enquanto ele era da base. “Talvez ninguém tenha acompanhado tantas agendas do governador quanto eu; estive lá do lado, entreguei lealdade, entreguei compromisso, entreguei votos e em troca recebi indecisão… então agora não seria mais um momento de voltar para ser tapa buraco”, declarou.
Disputa
Na ótica de Efraim, o ex-governador Ricardo Coutinho será seu principal adversário na disputa pela única vaga do Senado. Todavia, pontuou que, a prazo de hoje, Ricardo está inelegível e precisará resolver sua situação jurídica até a convenção do PT.
“A candidatura de Ricardo Coutinho é que polariza hoje com a nossa, segundo as últimas pesquisas publicadas no TRE… o que Ricardo tem de enfrentar também é a decisão jurídica. Hoje todas as avaliações técnicas jurídicas mostram a inelegibilidade de Ricardo e as decisões do Supremo Tribunal Federal em casos idênticos têm desconstruído nas teses que poderiam levar a uma liminar a favor de Ricardo… precisaria de uma liminar que desde fevereiro tem sido buscada e não tem sido conquistada no Supremo Tribunal Federal. É bem possível que o PT tenha que substituir a candidatura de Ricardo, apresentar outro nome na disputa ao Senado”, finalizou.