O governo federal ainda discute as últimas regras sobre o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. A expectativa nos ministérios da Economia e da Cidadania era de que a modalidade fosse lançada ainda neste mês, mas deve ficar para o começo de outubro.
O principal ponto de entrave é a discussão sobre o limite da taxa de juros a ser aplicada nesse serviço. Até agora, cerca de 15 instituições financeiras de pequeno e médio porte -além de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal — pediram autorização para oferecer o consignado.
No consignado, o pagamento do empréstimo é descontado diretamente do benefício, o que
significa que o risco de o cliente não pagar é muito baixo.
Técnicos dos ministérios apontam o risco de as instituições cobrarem juros altos dos beneficiários e, com isso, aumentarem o endividamento de famílias com renda muito baixa e que dependem de benefício social para sobreviver.
No texto da Medida Provisória, não há um limite de juros a ser cobrado pelas instituições.
Há apenas uma orientação sobre a assinatura dos contratos.
Os grandes bancos privados optaram por não aderir à modalidade, o que diminui a concorrência e aumenta a chance de os juros ficarem em patamar alto.
Margem
O consignado está sendo desenhado para comprometer até 40% do valor de R$ 400, já que os R$ 200 a mais só serão pagos até dezembro.
Fonte: Portal UOL