Em carta endereçada ao governador João Azevêdo, vários seguimentos ligados às artes e à cultura paraibana externam o anseio de ter o vereador pessoense Marcos Henriques (PT) na Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Na manifestação espontânea, os artistas signatários do documento expõem os motivos que os levaram a indicar o nome do parlamentar para a Cultura estadual.
Na carta, artistas, produtores, gestores e agentes culturais declaram que acreditam na democracia, realidade que leva o segmento a vir a público para defender mudança de rumos na Secult-PB.
Nesse diapasão, os agentes signatários destacam que acreditam em política pública feita com participação, com responsabilidades compartilhadas e com senso democrático. Por essa razão, estes vêm a público defender o nome do vereador Marcos Henriques para assumir a Secult-PB no próximo governo de João Azevêdo
Confira a carta:
QUEREMOS! MARCOS HENRIQUES NA SECULT-PB – Carta ao Governador João Azevêdo
Paraíba, 23 de novembro de 2022
À Vossa Excelência, Governador do Estado da Paraíba, João Azevêdo Lins.
Senhor Governador, ao tempo em que lhe saudamos, apresentamos a seguir nossos anseios com relação ao futuro da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba (Secult-PB).
É chegada a hora do segundo mandato do governador João Azevêdo, eleito democraticamente pelos paraibanos e paraibanas, como resultado de um longo percurso de diálogo com diversos setores da sociedade. Nós, povo da cultura – artistas, produtores, gestores e agentes culturais -, que acreditamos na democracia e afirmamos a legitimidade da escolha popular, vimos a público defender mudança de rumos na Secult-PB.
Se nos últimos anos vivemos momentos de distanciamento entre os gestores da pasta e a classe artístico-cultural, acreditamos que é tempo de mudar essa realidade. Ao falarmos das artes e das culturas paraibanas, tratamos daquilo que temos de mais singular, de mais potente, daquilo que nos confere identidade e mobiliza nossa força e nosso orgulho de dizermos que somos da Paraíba. Também falamos de um setor que mobiliza grande massa de trabalhadores/as em todo o estado e que em nível nacional é responsável por 2,67% do PIB.
A Secult-PB, por sua vez, é o principal órgão gestor da cultura e das políticas culturais da Paraíba, apesar de ter sido apequenada por seus próprios gestores nos últimos anos. Ao abrir um fosso entre o governo e o povo da cultura, seus gestores distanciaram o primeiro mandato de João Azevêdo de uma ampla gama de agentes culturais espalhados por toda a Paraíba, sem compreender nem reconhecer a real importância desses agentes para a defesa da democracia, para a construção de uma sociedade culturalmente diversa e para o fortalecimento das políticas públicas de impacto positivo na vida das pessoas.
Nós acreditamos em política pública feita com participação, com responsabilidades compartilhadas e com senso democrático. É por isso que vimos a público defender o nome do vereador Marcos Henriques para assumir a Secult-PB no próximo governo de João Azevêdo. Todos que tomaram contato com o mandato de Marcos Henriques sentiram sua importância para as lutas culturais e sociais. Sua presença foi decisiva para a construção de pontes de diálogo e de espaços de alto nível de elaboração, tornando-se uma representação de relevância para os grupos, fóruns e redes de arte e cultura organizados em torno da construção de políticas públicas, além dos movimentos sociais em geral.
Nos últimos anos, contamos diuturnamente com o mandato de Marcos Henriques, sempre atento às demandas sociais, sem jamais perder o senso de responsabilidade enquanto agente público. Seu perfil se impõe como completo para assumir a pasta em questão, que será crucial para o desenvolvimento social e econômico da Paraíba nos próximos anos: do ponto de vista técnico, Marcos Henriques é profundo conhecedor da máquina pública; é um político de confiança do campo de esquerda que elegeu João Azevêdo e nutre respeito entre os agentes públicos que com ele dialogam; tem notória capacidade de articulação e implementação de políticas, o que será exigido para trazer ao estado as oportunidades geradas pelo próximo governo Lula, inclusive, em meio a refundação do Ministério da Cultura (MinC); tem uma trajetória ligada ao trabalhismo e a defesa dos trabalhadores/as, dimensão que ganha cada dia mais centralidade nas pautas do campo cultural, formado por trabalhadores e trabalhadoras da cultura em toda sua diversidade de ofícios; e é uma liderança política que respeita, dialoga e se relaciona com o setor cultural, seus agentes e organizações.
Já não cabe a frente da Secult-PB os gestores “muralhas”, mas sim, os gestores “pontes”, aqueles que aproximem o governo democraticamente eleito da classe artístico-cultural que também contribuiu para sua eleição. É tempo de gestores dispostos a estruturarem e consolidarem políticas culturais de Estado, contribuindo diretamente para o desenvolvimento social, econômico, humano e educacional da Paraíba. Nesse sentido, é hora de olhar para a frente, para o que vem e o que pode ser. É hora de reposicionar a cultura no lugar de destaque a que ela deve ser alçada, alinhar a gestão cultural estadual à nova realidade da gestão cultural federal e consolidar políticas que impactem positivamente a vida dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura da Paraíba, bem como de toda população.
Diante disso, defendemos junto ao governador João Azevêdo e sua equipe que o vereador Marcos Henriques seja o próximo Secretário de Estado da Cultura, na confiança e esperança de grandes dias vindouros para todo o setor cultural paraibano.