Estudantes secundaristas do Brasil estão em contagem regressiva para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste ano, porém, apenas 3,1 milhões de pessoas estão confirmadas para realizar as provas nos dias 21 e 28 de novembro. É o menor número desde 2005.
Estes e outros dados reveladores constam na reportagem especial do portal UOL São Paulo, assinada pela jornalista Ana Paula Bimbati.
De acordo com a reportagem, entre os participantes pardos e pretos, a diminuição foi de 52% (de mais de 3,4 milhões no ano passado para 1,6 milhão em 2021).
A pandemia, o fechamento das escolas e as aulas remotas agravaram um cenário no Brasil que já era extremamente desigual na educação, conforme conclui a jornalista Ana Paula.
A realidade ocorre devido à dificuldade da maioria dos alunos ao acesso à internet para assistir às aulas e a necessidade de trabalhar para ajudar a pagar as contas em casa. Por essa razão, milhões de jovens se afastaram dos estudos e se distanciaram de alcançar o ensino superior.
Edição excludente
O Enem é a principal porta de acesso a universidades. A edição de 2021 registrou o menor número de inscritos, além da menor taxa de participantes negros e vindos de escolas públicas dos últimos anos.
Na outra ponta, houve aumento no número de pagantes e de brancos. Por esse motivo, já é considerado o Enem mais excludente e desafiador para estudantes pobres e vulneráveis.
Reportagem
Intitulada “Enem mais desigual”, a reportagem de Ana Paula Bimbati, publicada neste domingo (14), no portal UOL, traz à tona desigualdades e expõe diferenças educacionais no país, com informações precisas e riqueza de detalhes. Vale a pena ler a matéria.