Por Valter Nogueira
Até pouco tempo atrás, o governador João Azevêdo era tido apenas como um técnico. Hoje, em matéria de política, parece ser professor-doutor. Aliás, por ser um bom técnico, trabalhou assessorando políticos. Por essa razão, e como um bom aluno, aprendeu rápido o caminhos das pedras – ou melhor, da política.
O motivo do intróito é pra dizer que é possível extrair duas leituras da solenidade promovida pelo governo do Estado da Paraíba, nesta terça-feira (30), no teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural, em João Pessoa.
A primeira leitura diz respeito ao ato administrativo do evento. Já a segunda, aponta para um suposto caráter político da solenidade – mesmo que de forma indireta.
No ato em questão, o governador João Azevêdo assinou convênios para construção de creches em 104 municípios paraibanos.
Do ponto de vista administrativo, foi mais uma ação proativa do governo. Uma iniciativa que faz parte do programa Paraíba Primeira Infância, que consiste na execução de ações integradas da educação, saúde, assistência social, esporte e infraestrutura, voltadas para crianças de 0 a 6 seis anos.
O outro lado da moeda
Por outro lado, é possível identificar o viés político da solenidade. Isso, claro, com base na formatação protocolar do evento. Isto é, a partir da forma como transcorreu os atos cerimoniais.
Ora, em ano não pré-eleitoral, evento do tipo, com mais de 100 convênios, o que se via era o governador assinar apenas um convênio – de forma simbólica. Os demais eram assinados após a solenidade.
Agora, em pleno ano pré-eleitoral, o que se viu foi o chefe do pode executivo estadual assinar todos os 104 convênios – um a um -, ao lado dos respectivos prefeitos (ou representantes), sendo um gestor municipal de cada vez, com direito a foto oficial.
Resumo da ópera
2022 é bem ali, na esquina! E é ano de eleições!